Economia

Primeiro ministro da China diz ser "difícil" país crescer 6%

Nesta semana, foram divulgados dados que mostram redução do ritmo da indústria e do varejo

China: meta chinesa para este ano é crescer entre 6,0% e 6,5% (Xiaodong Qiu/Getty Images)

China: meta chinesa para este ano é crescer entre 6,0% e 6,5% (Xiaodong Qiu/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 07h43.

Última atualização em 16 de setembro de 2019 às 07h46.

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmou neste domingo, 15, que será "muito difícil" que a China mantenha um ritmo de crescimento de 6,0% ao ano nas atuais condições da economia global.

"Para a China manter um crescimento de 6% ou mais é muito difícil, em meio à situação internacional complicada e a uma base relativamente alta", disse Li em uma entrevista à impressa russa que foi reproduzida pelo site oficial do governo chinês. "Essa taxa (6,0%) está no topo das economias líderes do mundo."

A meta chinesa para este ano é crescer entre 6,0% e 6,5%. No segundo trimestre, o PIB do país cresceu 6,2%, no ritmo mais lento em 27 anos. O premiê disse que a desaceleração global e o protecionismo contribuíram para "certa pressão baixista" na economia chinesa.

Indústria e varejo com ritmo menor

A produção industrial da China registrou avanço de 4,4% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2018, crescimento menos acelerado do que os 4,8% registrados em julho, também na comparação anual, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 16, pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país.

A leitura frustrou as expectativas de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que projetavam alta de 5 2% da produção em agosto.

Na comparação mensal, a produção industrial chinesa cresceu 0,32% em agosto ante julho.

As vendas no varejo chinês também desaceleraram e frustraram as previsões. Em agosto, as vendas registraram alta de 7,5% ante o mesmo mês no ano passado, abaixo das projeções do mercado de ganho de 7,9%, e ligeiramente menor do que o crescimento de 7,6% de julho, na comparação anual.

Por sua vez, os investimentos em ativos fixos de áreas não-rurais avançaram 5,5% entre janeiro e agosto em relação ao mesmo período de 2018, pouco abaixo das expectativas, de 5,7%. O indicador ficou estável ante o crescimento observado entre janeiro e julho de 2019, também na comparação anual.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaPIB

Mais de Economia

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos

SP gera quase 500 mil vagas de emprego nos primeiros 9 meses de 2025