Economia

"Prévia do PIB" mostra recuperação de 1,31% da economia em maio

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro do Banco Central para avaliar o ritmo da economia

Montadoras: de abril para maio, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 118,86 pontos para 120,42 pontos na série dessazonalizada (Germano Lüders/Exame)

Montadoras: de abril para maio, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 118,86 pontos para 120,42 pontos na série dessazonalizada (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de julho de 2020 às 09h44.

Última atualização em 14 de julho de 2020 às 09h47.

Após forte retração nos meses de fevereiro e março, a atividade econômica brasileira mostra sinais de recuperação da pandemia do novo coronavírus. O Banco Central informou nesta terça-feira, 14 que o Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 1,31% em maio ante abril, na série já livre de influências sazonais. Em abril, o recuo havia sido de 9,45% (dado revisado).

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Em maio, porém, o IBC-Br já demonstrou reação, conforme os dados desta terça do BC.

De abril para maio, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 118,86 pontos para 120,42 pontos na série dessazonalizada.

A alta do IBC-Br, no entanto, foi menor do que esperava o mercado financeiro e veio abaixo do piso do intervalo das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre +1,90% e +7,20% (mediana em +4,40%).

Na comparação entre os meses de maio de 2020 e maio de 2019 houve baixa de 14,24% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 119,39 pontos em maio.

O recuo em maio de 2020 ante o mesmo mês de 2019 foi maior que o apontado pela mediana (-12,20%) das previsões de analistas do mercado financeiro (-16,30% a -9,80% de intervalo).

Acumulado

O IBC-Br acumulou baixa de 6,08% em 2020 até maio, informou o Banco Central. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 2,08% nos 12 meses encerrados em maio.

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 6,4%. Este cálculo foi divulgado por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.

No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC nesta segunda-feira, 13, a projeção é de queda de 6,10% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusCrise econômicaeconomia-brasileiraPIB

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos