IBC-Br: alta no mês de novembro é reflexo de resultados positivos em diferentes setores da economia (iStock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 08h59.
Última atualização em 15 de janeiro de 2018 às 09h56.
São Paulo - O ritmo de expansão da atividade econômica brasileira acelerou em novembro, marcando o terceiro mês seguido de expansão dando prosseguimento à recuperação gradual do país.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,49 por cento em novembro na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira.
Em outubro, o indicador teve crescimento de 0,37 por cento, em número revisado pelo BC depois de divulgar anteriormente alta de 0,29 por cento.
O resultado de novembro ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas de avanço de 0,50 por cento.
A alta no mês é reflexo de resultados positivos em diferentes setores da economia. A produção industrial cresceu 0,2 por cento, no terceiro mês seguido de crescimento, em meio à demanda de fim de ano.
Já as vendas varejistas registraram o melhor resultado para o mês em seis anos ao aumentarem 0,7 por cento ante o mês anterior, com o impulso da Black Friday e das festas de fim de ano.
O setor de serviços, por sua vez, surpreendeu e interrompeu quatro meses seguidos de queda ao avançar 1 por cento no mês, acima do esperado.
Em relação a novembro de 2016, o IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, subiu 2,85 por cento, enquanto que, no acumulado em 12 meses, houve alta de 0,73 por cento, em dados dessazonalizados.
Depois de enfrentar anos de recessão, o Brasil vem se recuperando de forma gradual em meio a uma inflação e juros baixos que favorecem o consumo.
O mercado de trabalho também vem melhorando, com a taxa de desemprego recuando, ainda que essa retomada seja baseada na informalidade.
Na semana passada, a Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito da dívida soberana do Brasil para BB-, ante BB, devido à demora na aprovação de medidas para reequilibrar as contas públicas e de incertezas devido às eleições deste ano.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou entretanto, que a decisão da agência de classificação de risco não vai comprometer o crescimento do país este ano.
A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC aponta que a expectativa de economistas é de um crescimento do PIB do Brasil de 1,01 por cento em 2017, chegando a 2,70 por cento neste ano.