Economia

IPCA-15 sobe 0,08% e tem menor nível para agosto em 9 anos

Informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quinta-feira (22)

IPCA-15: prévia da inflação subiu 0,08% em agosto (Reinaldo Canato/VEJA)

IPCA-15: prévia da inflação subiu 0,08% em agosto (Reinaldo Canato/VEJA)

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Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 09h27.

Última atualização em 22 de agosto de 2019 às 10h14.

São Paulo — Os preços de Transportes, alimentos e saúde recuaram em agosto e a prévia da inflação oficial do Brasil ficou abaixo do esperado, na mínima para o mês em 9 anos, favorecendo a perspectiva de mais cortes na taxa básica de juros neste ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em agosto variação positiva de 0,08%, após avanço de 0,09% no mês anterior, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse foi o resultado mais fraco para um mês de agosto desde o recuo de 0,05% em 2010.

Nos 12 meses até agosto, o IPCA-15 chegou a uma alta de 3,22%, de 3,27% até julho, permanecendo confortavelmente abaixo dameta oficial de inflação do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,18% na comparação mensal e de 3,34% em 12 meses.

Segundo o IBGE, a queda de 0,78% nos preços de Transportes depois de recuarem 0,44% e julho exerceu o maior impacto negativo no índice do mês.

A gasolina registrou queda pelo segundo mês consecutivo, de 1,88%, enquanto os preços do etanol caíram 1,09% e do óleo diesel recuaram 1,70%. Já as passagens aéreas caíram 15,57%.

Já os grupos Alimentação e bebidas e Saúde e Cuidados pessoais caíram respectivamente 0,17% e 0,32%, depois de subirem 0,03% e 0,34% no mês anterior.

Entre as altas, a maio foi de Habitação, de 1,42%,influenciado principalmente pelo 7º mês consecutivo de aumento da energia elétrica (4,91%).

O BC reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, à nova mínima histórica de 6% ao ano. A autoridade monetária vem indicando em sua comunicação que o processo de afrouxamento poderá seguir adiante em meio à fraqueza econômica, inflação bem comportada, melhora no ambiente externo e avanço da reforma da Previdência.

A fraqueza da atividade vem alimentando expectativas de mais cortes na taxa básica de juros. A mais recente pesquisa Focus do BC, divulgada nesta segunda-feira, mostra que os economistas estimam a Selic a 5,00% neste ano, com crescimento do PIB de 0,83% e inflação de 3,71%.

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