Economia

IPCA-15 tem deflação em julho e fica abaixo do piso em 12 meses

O IPCA-15 caiu 0,18% no mês, enquanto economistas estimavam queda de 0,09% para o período

Inflação: a prévia teve alta de 0,16% no mês anterior (Ricardo Moraes/Reuters)

Inflação: a prévia teve alta de 0,16% no mês anterior (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de julho de 2017 às 09h09.

Última atualização em 20 de julho de 2017 às 09h49.

São Paulo - A prévia da inflação oficial do Brasil recuou em julho mais que o esperado, a ponto de ficar abaixo do piso da meta do governo no acumulado em 12 meses, dando ainda mais suporte para que o Banco Central não desacelere o ritmo de corte dos juros básicos, em meio ao ambiente de fraca recuperação econômica.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) recuou 0,18 por cento em julho, sobretudo por conta dos preços de alimentação e transportes, acumulando alta de 2,78 por cento em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Os resultados vieram abaixo das projeções de analistas coletadas em pesquisa da Reuters, de recuo mensal de 0,09 por cento e avanço de 2,87 por cento no acumulado de 12 meses.

A meta de inflação deste ano é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em julho, o IBGE informou que a principal contribuição para a deflação veio do grupo dos alimentos, que tem participação de 25 por cento nas despesas e cujos preços caíram 0,55 por cento neste mês.

Destaque para as quedas nos preços da batata-inglesa (-19,07 por cento), do tomate (-8,48 por cento) e das frutas (-4 por cento).

O grupo dos transportes também ajudou, com deflação de 0,64 por cento no período, com quedas nos preços do etanol (-4,81 por cento) e da gasolina (-2,98 por cento).

Já o grupo despesas pessoais apresentou a maior alta de preços no período, de 0,31 por cento, mostrou o IBGE.

Atualmente, os juros básicos estão em 10,25 por cento e o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne na próxima semana para definir a nova taxa básica. A aposta majoritária do mercado é de que deve ser reduzida em 1 ponto percentual, mantendo o ritmo das últimas duas decisões.

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