Economia

Presidente do BoE vê mercado de trabalho britânico apertado, mas destaca resiliência do emprego

Andre Bailey destacou riscos de alta para a inflação, mas também a possibilidade de retomada do crescimento do país

Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra (BoE) (Hollie Adams/Getty Images)

Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra (BoE) (Hollie Adams/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 13h23.

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse nesta terça-feira, 20, que o mercado de trabalho britânico segue "muito apertado". Porém, se por um lado a resiliência do emprego representa riscos de alta para a inflação, por outro suporta uma retomada do crescimento no Reino Unido, ponderou ele.

Em testemunho no Parlamento britânico, Bailey reiterou que o objetivo do banco central não é pressionar a atividade, mas reduzir a inflação e, neste contexto, a resiliência do emprego, junto ao processo de desinflação, é bem-vinda.

A economia está demonstrando "sinais distintos" de aceleração, afirmou Bailey, minimizando riscos de extensão da recessão técnica observada no final de 2023.

Vice-presidente do BoE, Ben Broadbent acrescentou que há muitos indicadores para medir o aperto no mercado de trabalho e afirmou que está monitorando particularmente o avanço salarial e número de vagas abertas.

Sobre os salários, Broadbent disse que está "razoavelmente confiante" de que o avanço vai desacelerar de modo gradual nos próximos meses.

Entre os dirigentes do BoE presentes no Parlamento, Bailey, Broadbent e Megan Greene defenderam que os riscos para a economia britânica estão equilibrados e que é possível discutir a ideia de cortes de juros, embora ainda não seja o momento certo.

Já a dirigente Swati Dhingra alertou sobre o risco de manter juros restritivos por mais tempo que o necessário e prejudicar a atividade, com reflexos sobre o mercado de trabalho.

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