Economia

Presidente do BC não vê risco de volta de controle de preços pelo governo

Roberto Campos Neto não quis comentar intervenção de Bolsonaro em preços do diesel produzido pela Petrobras

Ao saber do aumento de 5,7% que a Petrobrás aplicaria ao diesel, Bolsonaro ligou para presidente da empresa e pediu esclarecimentos (Marcos Santos/Agência USP)

Ao saber do aumento de 5,7% que a Petrobrás aplicaria ao diesel, Bolsonaro ligou para presidente da empresa e pediu esclarecimentos (Marcos Santos/Agência USP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2019 às 16h07.

Washington — O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que não teme que a administração do presidente Jair Bolsonaro adote uma prática de controle de preços, sobretudo os administrados, uma prática que aconteceu no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista coletiva, o presidente do BC evitou falar de casos específicos e ressaltou que não poderia falar sobre a Petrobras, no contexto da decisão de Bolsonaro, que telefonou para o presidente da estatal e destacou que não seria viável uma alta do preço do diesel. "Economistas liberais acreditam em preços livres com menor intervenção possível", disse Campos Neto. Questionado pelo Estadão/Broadcast se teme risco de volta de controle de preços pelo governo Bolsonaro, o presidente do Banco Central respondeu: "Não, não tem esse risco."

Campos Neto não quis comentar diretamente a questão da intervenção nos preços por Bolsonaro. "Eu cheguei aqui na quarta-feira, não estou acompanhando as notícias. Não tem possibilidade de um dirigente do Banco Central falar de prática de preços da Petrobras", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosGoverno BolsonaroÓleo dieselPetrobras

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições