Economia

Presidente do BC japonês promete manter estímulos monetários

Apesar de a economia japonesa estar dando sinais de aceleração, Kuroda disse que o ritmo de avanço dos salários parece mais lento

Japão: "Vamos apoiar de forma mais intensa um ciclo virtuoso de renda e gastos maiores" (Bloomberg/Bloomberg)

Japão: "Vamos apoiar de forma mais intensa um ciclo virtuoso de renda e gastos maiores" (Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 09h32.

Tóquio - O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, reiterou hoje a promessa de manter a agressiva política de estímulos monetários da instituição, uma vez que a inflação continua distante de sua meta de 2%, abafando rumores sobre possíveis altas de juros no próximo ano.

"Vamos apoiar de forma mais intensa um ciclo virtuoso de renda e gastos maiores, ao promover aumentos moderados nos salários e preços", afirmou Kuroda durante discurso.

Apesar de a economia japonesa estar dando sinais de aceleração, Kuroda disse que o ritmo de avanço dos salários parece mais lento do que o da fase de expansão anterior.

"No entanto, não há dúvida de que o ambiente está se preparando para aumentos salariais mais fortes", ressaltou o chefe do BC japonês.

Dados publicados ontem à noite mostraram que a taxa de desemprego do Japão caiu de 2,8% em outubro para 2,7% em novembro, atingindo o menor nível em 24 anos.

Os comentários de Kuroda provavelmente tinham como objetivo conter recente especulação de que o BoJ pudesse elevar a meta do juro do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos, hoje estabelecida em torno de zero, já em 2018.

Os últimos números oficiais também revelaram que a taxa anual do núcleo do índice de preços ao consumidor no Japão foi de apenas 0,9% em novembro, muito abaixo da meta de inflação de 2% do BC japonês. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoJapão

Mais de Economia

Cepal: Pobreza deve cair a 26,8% da população na América Latina, nível mais baixo desde 1990

Escala 6x1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'

Alckmin diz que fim da jornada de trabalho 6x1 não é discutida no governo, mas é tendência mundial

Dia dos Solteiros ultrapassa R$ 1 trilhão em vendas na China