Economia

Presidente do BC japonês diz monitorar risco europeu

Masaaki Shirakawa manteve a visão, no entanto, de que o risco de uma grande turbulência nos mercados financeiros globais diminuiu

O diretor do BoJ, Masaaki Shirakawa, indicou que o banco manterá uma política com viés de afrouxamento para ajudar a tirar o Japão da deflação (Getty Images)

O diretor do BoJ, Masaaki Shirakawa, indicou que o banco manterá uma política com viés de afrouxamento para ajudar a tirar o Japão da deflação (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 09h56.

Tóquio - O presidente do Banco do Japão (banco central), Masaaki Shirakawa, disse nesta segunda-feira que continua monitorando o risco de a crise da dívida europeia possa afetar o sistema bancário do país, uma vez que novos temores sobre a zona do euro assustaram os mercados financeiros.

"O sistema financeiro do Japão tem mantido a estabilidade como um todo, mas ainda é necessário uma observação de perto sobre os fatores de risco, como um contágio da situação da Europa", disse Shirakawa em uma reunião de bancos de investimento.

Shirakawa manteve a visão, no entanto, de que o risco de uma grande turbulência nos mercados financeiros globais diminuiu, graças à enorme oferta de financiamento feita pelo Banco Central Europeu (BCE) e ao programa de resgate à Grécia.

Ele também confirmou a projeção do banco central de uma recuperação modesta da economia japonesa e indicou que o banco manterá uma política com viés de afrouxamento para ajudar a tirar o Japão da deflação, seguindo o surpreendente afrouxamento feito pelo banco em fevereiro.

"Em fevereiro, nós esclarecemos nosso viés de política e impulsionamos o afrouxamento monetário. Assim sendo, o banco central está fazendo o esforço máximo para escapar da deflação", disse Shirakawa.

O Banco do Japão surpreendeu os mercados em fevereiro, quando aumentou sua meta de compra de ativos, ao dobrar o aumento usual e estabelecer uma meta de 1 por cento de inflação, sinalizando uma política mais agressiva para combater a deflação, que tem prejudicado a economia por quase duas décadas.

O banco central tem mantido a política monetária estável desde então, mas considerará afrouxá-la em sua próxima revisão de taxas em 27 de abril, por meio do aumento de compra de ativos, de acordo com fontes.

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