Economia

Consertos em veículos das Volks começarão em janeiro

No final de 2016, todos os carros devem estar reparados, garantiu o novo presidente da Volkswagen


	"No final de 2016, todos os carros devem estar reparados", garantiu o novo presidente da Volkswagen
 (Odd Andersen/AFP)

"No final de 2016, todos os carros devem estar reparados", garantiu o novo presidente da Volkswagen (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 07h02.

 O novo presidente da Volkswagen, Matthias Müller, afirmou que os consertos dos veículos com motores a diesel manipulados começarãoem janeiro, uma operação que espera que seja concluída no final de 2016.

Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, concedida ao jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung", que antecipou parte de suas declarações, Müller disse que esta semana submeterão as soluções técnicas às autoridades federais de transporte de veículos e, se forem aceitas, os consertos começarão em janeiro.

"No final de 2016, todos os carros devem estar reparados", acrescentou Müller, ao estimar em "apenas" 9,5 milhões o número de veículos afetados, frente aos 11 milhões que o grupo tinha previsto anteriormente.

Um grande número deles é reparável, segundo os relatórios, através de uma atualização de software, mas algumas intervenções graves em partes do veículo serão provavelmente necessárias, "certamente, de forma gratuita para o cliente", afirmou o executivo.

Diante da magnitude dos consertos e penalizações, o presidente da Volkswagen anunciou na segunda-feira que o grupo deverá tomar medidas dolorosas e que vai rever seu plano de investimentos para fazer frente às consequências financeiras do escândalo de manipulação de emissões.

Diante de 20 mil empregados e representantes dos trabalhadores de suas fábricas no mundo todo reunidos em assembleia na sede central de Wolfsburg, no norte da Alemanha, Müller advertiu que a empresa deve realizar "cortes drásticos", e garantiu que "será feito todo o possível" para manter os postos de trabalho.

Entre outras coisas, a montadora alemã quer adiar investimentos em máquinas e infraestrutura.

Além disso, projetos como o Phaeton, um modelo de alta classe, está em observação, assim como a Bugatti, uma marca de luxo.

A companhia também pretende repensar seu compromisso com o futebol. "Movimentaremos cada pedra e também vamos olhar para ele (o futebol)", disse.

A empresa reconheceu que o software manipulado se encontra em 5 milhões de carros de passeio e em 1,8 milhão de caminhonetes da marca Volkswagen; 2,1 milhões de carros da Audi; 1,2 milhões da Skoda e 700 mil carros da Seat.

O conselho de supervisão da Volkswagen, órgão de vigilância existente nas grandes empresas alemãs, voltará a se reunir em Wolfsburg nesta quarta-feira, quando termina o prazo dado pelo governo alemão ao consórcio para apresentar um calendário para solucionar as manipulações. 

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