Economia

Premiê japonês pede pacote de estímulo para sustentar economia

Autoridades japonesas têm sido pressionadas a se defender de riscos crescentes no exterior com um kit de ferramentas cada vez menor

Tóquio, no Japão: país teve recorde de visitação em 2019 (Clive Rose - Gran Turismo/Getty Images)

Tóquio, no Japão: país teve recorde de visitação em 2019 (Clive Rose - Gran Turismo/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2019 às 09h51.

Tóquio -  - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pediu a seu gabinete nesta sexta-feira que compile um pacote de medidas de estímulo para sustentar a economia e construir infraestrutura para lidar com grandes desastres naturais, disse o principal porta-voz do governo.

O secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, disse a repórteres que o pacote incluirá medidas para promover investimentos no crescimento através do uso agressivo de programas de investimentos fiscais e empréstimos.

O governo irá compilar o pacote o mais rápido possível, embora o tamanho dos gastos dependa de propostas a serem feitas por vários ministérios, disse o ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, em entrevista coletiva após uma reunião regular do gabinete.

"Recebi uma instrução do primeiro-ministro para compilar um novo pacote econômico para proteção contra a possibilidade de riscos no exterior prejudicarem a economia japonesa", disse Nishimura.

As autoridades japonesas têm sido pressionadas a se defender de riscos crescentes no exterior com um kit de ferramentas cada vez menor, já que a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a fraca demanda global prejudicaram a economia dependente de exportações.

O ministro das Finanças, Taro Aso, disse que o pacote econômico planejado deve ajudar a aumentar a produtividade e alcançar um forte crescimento para superar a pressão causada por uma população em declínio, que ele disse ser o "maior problema" que o Japão enfrenta a longo prazo.

Aso acrescentou que o tamanho e o escopo do estímulo ainda precisam ser trabalhados. Ele sugeriu que um orçamento suplementar seja compilado até o final do ano, juntamente com um orçamento anual para o próximo ano fiscal que começa em abril de 2020, para garantir que o pacote econômico seja implementado em um período de 15 meses.

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