O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, diz mais uma vez ver uma solução perto (REUTERS/Alkis Konstantinidis)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2015 às 11h22.
Bruxelas - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, está sob intensa pressão para fazer concessões cruciais exigidas por credores internacionais nesta quinta-feira com o objetivo de quebrar um impasse de quatro meses e salvar seu país de um default que pode tirá-lo da zona do euro.
Após negociações que foram até tarde da noite com líderes de Alemanha e França não resultarem em nenhum avanço, Tsipras deve se reunir com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para tentar reduzir as diferenças remanescentes em um acordo de reformas em troca de recursos.
"Ao final das conversas houve unanimidade absoluta de que a Grécia vai trabalhar intensivamente e com força total... nos próximos dias para resolver todas as questões remanescentes", disse a chanceler alemã, Angela Merkel, ao chegar para a sessão final de uma cúpula entre UE e América Latina.
A mais recente de uma série de reuniões nas últimas semanas foi parcialmente um teatro político, já que todos os envolvidos tentaram mostrar seu compromisso com um acordo --e evitar qualquer culpa por não evitar um problema que pode afetar o euro e a economia mundial. Tsipras mais uma vez disse ver uma solução perto.
Uma autoridade da UE afirmou que agora há uma boa chance de que a próxima semana traga um acordo aceitável para os ministros das Finanças do Eurogrupo, que se encontram em Luxemburgo em 18 de junho.
Para chegar a um acordo, autoridades da UE disseram que o governo de Tsipras precisa oferecer medidas tributárias e de poupança alternativas para substituir cortes propostos de aposentadoria e aumentos de impostos que ele rejeitou, considerando-os como antissociais, para apresentar um superávit fiscal modesto antes de pagamento de juros.
Pessoas próximas às negociações disseram que os dois lados chegaram mais perto de concordar com uma meta de superávit primário mas ainda estão longe de decidir como chegar a isso, com especialisas da UE e do FMI duvidando que medidas apresentadas pela Grécia sejam eficazes para isso.