Economia

Prejuízo será gigantesco com cortes de contratos, diz Braga

Ministro de Minas e Energia defendeu saída para que contratos da Petrobras com empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato não sejam interrompidos


	Petrobras: segundo Eduardo Braga, a desmobilização dessas obras e investimentos poderia causar um "prejuízo gigantesco"
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Petrobras: segundo Eduardo Braga, a desmobilização dessas obras e investimentos poderia causar um "prejuízo gigantesco" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 14h26.

Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu hoje (16) que órgãos de fiscalização e jurídicos encontrem uma saída para que os contratos da Petrobras com empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato não sejam interrompidos.

Segundo Braga, a desmobilização dessas obras e investimentos poderia causar um "prejuízo gigantesco".

"Creio, sim, que vivemos um grande risco, um risco para o país muito sério, porque temos grandes contratos, esses contratos já foram implementados, e são estes investimentos que estão permitindo que a curva de [produção de] petróleo da Petrobras esteja ascendente. Empresas envolvidas na Lava Jato estão em parte desses contratos e, se não encontrarmos uma solução jurídica que não interrompa o ritmo de investimento e de obras, o prejuízo será gigantesco", afirmou ele.

Segundo Braga, por outro lado, não é possível continuar com os contratos sem que o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União, a Controladoria-Geral da União e a Advocacia Geral da União encontrem alternativas legais para dar transparência aos investimentos.

"Um dos desafios importantes é encontrar uma regra de transição jurídica para que não tenhamos um prejuízo maior ainda para o povo brasileiro".

Uma das consequências da paralisação de obras e investimentos seria não alcançar a produção de petróleo necessária para os próximos anos: "Isso terá graves e sérios problemas para o programa energético brasileiro", disse.

O ministro afirmou que a Justiça brasileira já mediou soluções como essa em outros episódios, mas reconheceu que nunca foi feito algo com a dimensão dos contratos entre a estatal e as empreiteiras.

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