Economia

Prejuízo econômico com paralisação é pior que o esperado, diz Casa Branca

O assessor econômico americano disse que o fim da paralisação e o pagamento dos funcionários federais, "grande parte" do prejuízo econômico será compensado

Trump: a paralisação do governo americano está em sua 4ª semana, a mais longa da história do país (Leah Millis/Reuters)

Trump: a paralisação do governo americano está em sua 4ª semana, a mais longa da história do país (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 14h48.

Washington - O prejuízo econômico causado pelo fechamento parcial do governo dos Estados Unidos, que já se encontra em sua quarta semana, será pior que o estimado em princípio, reconheceu nesta quarta-feira o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett.

"Fizemos um cálculo preliminar logo no início da crise que foi um pouco menor e estudamos mais à medida que se prolongou e constatamos que, na realidade, o prejuízo é um pouco pior devido aos empreiteiros do governo, que foram excluídos da primeira análise", afirmou Hassett em entrevista à emissora "Fox".

No entanto, frisou que, uma vez que termine o fechamento e a maioria dos funcionários federais receba os pagamentos atrasados, "grande parte" do prejuízo econômico será compensado.

Inicialmente, a Casa Branca estimou que o fechamento federal parcial diminuiria em um décimo percentual a atividade econômica a cada duas semanas, enquanto seu cálculo atualizado esta semana aponta agora para 0,13 pontos percentuais a cada semana.

Como consequência, nas quatro semanas de bloqueio, se perdeu quase meio ponto de crescimento econômico.

Em 2018, a taxa anualizada de crescimento dos EUA no primeiro trimestre do ano foi de 2,2%.

A sexta-feira passada foi o primeiro dia em que os trabalhadores federais afetados não receberam seu cheque salarial, razão pela qual se espera que os problemas sejam ainda maiores a partir deste momento.

O fechamento do governo chegou hoje ao seu 26º dia sem sinais de entendimento entre o presidente Donald Trump, que exige US$ 5,7 bilhões para a construção do seu polêmico muro com o México, e a oposição democrata, que se recusa a financiar o projeto.

Como consequência, se prolonga assim a suspensão de 25% da máquina do governo, situação que afeta 800.000 funcionários que deixaram de receber seu salário e transtornou o funcionamento de diferentes espaços turísticos e as atividades de agências que não receberam novos recursos.

A agência S&P Global Ratings calculou na semana passada que esta situação representou uma perda de US$ 3,6 bilhões e, caso se prolongue por outras duas semanas, somará US$ 6 bilhões, um custo superior ao que a Casa Branca requer para construir o muro com o México.

O fechamento parcial atual já é o mais longo da história dos EUA, ao superar o ocorrido sob a presidência Bill Clinton (1993-2001), que aconteceu entre 16 de dezembro de 1995 e 6 de janeiro de 1996.

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