Economia

Preços na zona do euro recuam mais que o esperado em janeiro

Zona do euro só enfrentou preços negativos em um outro período, de junho a outubro de 2009


	Zona do Euro: queda de 0,6 por cento neste mês iguala a maior queda registrada naquele período, em julho de 2009
 (Philippe Huguen/AFP)

Zona do Euro: queda de 0,6 por cento neste mês iguala a maior queda registrada naquele período, em julho de 2009 (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 10h39.

Bruxelas - Os preços ao consumidor na zona do euro recuaram em janeiro mais do que o esperado, numa aparente justificativa do plano de impressão de dinheiro do Banco Central Europeu (BCE) para combater uma deflação sustentada.

A agência de estatísticas europeia informou em sua primeira estimativa nesta sexta-feira que os preços nos 19 países que usam a moeda única em janeiro caíram 0,6 por cento na comparação com o ano anterior, após recuo de 0,2 por cento em dezembro.

O número foi pior do que as expectativas de queda de 0,5 por cento.

A zona do euro só enfrentou preços negativos em um outro período, de junho a outubro de 2009. A queda de 0,6 por cento neste mês iguala a maior queda registrada naquele período, em julho de 2009.

A forte queda nos custos dos combustíveis explica a queda. Os preços da energia caíram 8,9 por cento. Os alimentos não processados ficaram 0,9 por cento mais baratos, compensando a alta de 1 por cento no custo de serviços.

O núcleo da inflação, que exclui os voláteis preços de alimentos não processados e energia, desacelerou para uma nova mínima do euro de 0,5 por cento em janeiro, ante 0,7 por cento nos três meses anteriores.

O BCE busca manter a inflação pouco abaixo de 2 por cento no médio prazo e o risco de deflação sustentada o levou neste mês a lançar um programa de "quantitative easing" de 1,1 trilhão de euros de compras de títulos governamentais.

Em divulgação separada, a Eurostat informou que o desemprego na zona do euro caiu para 11,4 por cento em dezembro, após três meses em 11,5 por cento. O número de pessoas sem emprego caiu em 157 mil sobre o mês anterior, para 18,129 milhões.

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