Economia

Preços mundiais de alimentos batem recorde em março, diz ONU

A Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de trigo, milho, cevada e óleo de girassol pelo Mar Negro, e a invasão interrompeu as exportações ucranianas

Os clientes compram mantimentos em uma loja em San Francisco, Califórnia, EUA, na quinta-feira, 11 de novembro de 2021 (Bloomberg/Bloomberg)

Os clientes compram mantimentos em uma loja em San Francisco, Califórnia, EUA, na quinta-feira, 11 de novembro de 2021 (Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 8 de abril de 2022 às 11h23.

Os preços mundiais de alimentos saltaram quase 13% em março para um novo recorde, com a guerra na Ucrânia causando turbulência nos mercados de grãos básicos e de óleos comestíveis, disse a agência de alimentos da ONU nesta sexta-feira.

O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve uma média de 159,3 pontos no mês passado, contra 141,4 pontos em fevereiro, segundo dado revisado para cima.

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O número de fevereiro foi inicialmente reportado em 140,7, o que já era então um recorde.

A Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de trigo, milho, cevada e óleo de girassol pelo Mar Negro, e a invasão de Moscou ao seu vizinho, que já dura seis semanas, interrompeu as exportações ucranianas.

A FAO disse no mês passado que os preços de alimentos e rações podem subir até 20% como resultado do conflito na Ucrânia, aumentando o risco de aumento da desnutrição.

O índice de preços de cereais da agência subiu 17% em março para um nível recorde, enquanto o índice de óleo vegetal subiu 23%, também registrando sua maior leitura até agora, disse a FAO.

A interrupção no fornecimento de colheitas da região do Mar Negro exacerbou os aumentos de preços de commodities alimentares, que já estavam em alta de 10 anos no índice da FAO antes da guerra na Ucrânia devido a problemas de colheita global.

Os preços do açúcar e dos laticínios também subiram acentuadamente no mês passado, disse a FAO.

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