Economia

Preços dos medicamentos variam até 295,92% em SP

Pesquisa do Procon-SP constata que as maiores diferenças estão no segmento de genéricos

Genéricos são mais baratos, mas têm maior oscilação no preço (.)

Genéricos são mais baratos, mas têm maior oscilação no preço (.)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2010 às 12h54.

São Paulo - Uma pesquisa do Procon-SP divulgada nesta quinta-feira (5) revela diferenças de preços de até 295,92% entre os medicamentos genéricos e de até 91,69% entre os medicamentos de referência.

O levantamento aconteceu nos dias 30 de junho e 1º de julho e envolveu 15 drogarias distribuídas pelas cinco regiões do município de São Paulo. A lista tem 52 remédios.

"A pesquisa reforça a importância de o consumidor pesquisar antes de ir às compras, comparando os preços em diversos estabelecimentos, inclusive entre lojas de uma mesma rede, que podem apresentar variações significativas", diz comunicado do órgão de defesa do consumidor.
 
O levantamento também constatou que há uma grande oscilação de preços de medicamentos de referência e genéricos. Por serem produzidos por diversos laboratórios, os medicamentos genéricos são, em geral, mais baratos.

"É bom lembrar que um genérico de um mesmo laboratório também pode apresentar preços diferentes entre as drogarias e farmácias, assim, é essencial a pesquisa de preços sempre aliada à recomendação e prescrição médica."
 
Entre os medicamentos de referência, a maior diferença de preço encontrada foi:
Diferença: 91,69%
Medicamento: Dexason (Acetato de Dexametasona) - Teuto
Apresentação: 1mg/g - creme dermatológico 10g
Maior preço: R$ 8,07
Menor preço: R$ 4,21
Diferença valor absoluto: R$ 3,86
 
Entre os medicamentos genéricos, a maior diferença de preço encontrada foi:
Diferença: 295,92%
Medicamento: Dipirona Sódica
Apresentação: 500 mg/ml - Gotas 10 ml
Maior preço: R$ 3,88
Menor preço: R$ 0,98
Diferença valor absoluto: R$ 2,90

observação: o Procon-SP pesquisou o genérico de menor preço em cada farmácia, independentemente do laboratório.
 


Ao comparar os preços médios dos genéricos com os de referência de mesma apresentação, o PROCON-SP constatou que, em média, os medicamentos genéricos são 52,88% mais baratos do que os de referência.
 
Número de itens, por estabelecimento, com preços menores ou iguais aos preços médios obtidos:

Zona Norte: 
Drogaria Farto: 15 itens de 49 encontrados (31%)
Drogaria Extra: 10 itens de 26 encontrados (38%)
Promofarma: 8 itens de 49 encontrados (16%)

Zona Sul:
Pague Menos: 38 itens de 49 encontrados (78%)
Drogaria São Paulo: 7 itens de 51 encontrados (14%)
Farma Conde: 52 itens de 52 encontrados (100%)

Zona Leste:  
Farma & Cia: 3 itens de 43 encontrados (7%)
Drogão: nenhum item de 41 encontrados
Drogasil: 4 itens de 45 encontrados (9%)

Zona Oeste:  
Droga Verde: 23 itens de 46 encontrados (50%)
Drogaria Pacheco: 44 itens de 47 encontrados (94%)
Farmais: 39 itens de 41 encontrados (95%)

Centro:
Drogaria Campeã: 33 itens de 45 encontrados (73%)
Onofre: 35 itens de 50 encontrados (70%)
Droga Raia: 45 itens de 50 encontrados (90%)
 
O PROCON-SP lembra que, antes de uma criteriosa pesquisa, é interessante que o consumidor consulte a lista de Preço Máximo ao Consumidor (PMC) dos medicamentos disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (www.anvisa.gov.br). A consulta também pode ser efetuada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas unidades do comércio varejista.

"As drogarias e farmácias devem etiquetar o medicamento com o preço de venda ao consumidor, não podendo ultrapassar o PMC calculado de acordo com a Resolução nº 2, de 8 de março de 2010, da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Sendo que, em 31/03/10, as empresas produtoras de medicamentos foram autorizadas a reajustar os preços dos medicamentos", diz o comunicado do órgão.
 
O PROCON-SP aponta três fatores determinantes de preço neste segmento do mercado:

1) A aplicação de descontos pode variar de acordo com as condições locais de mercado, rentabilidade da loja e condições comerciais de compra.
2) Em algumas drogarias de rede, há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site/loja virtual).
3) Há redes que são regidas pelo sistema de franquia, não havendo uma política única de preços entre os franqueados.


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