Economia

Preços dos alimentos na Rússia sobem mais rápido do que no Ocidente

Com as sanções impostas à Rússia, os preços dos alimentos sobem de forma acentuada em meio à alta da inflação

O efeito é mais severo nas famílias russas, porque uma parcela maior de seus orçamentos domésticos vai para a alimentação e os salários não acompanham a inflação (Anastasia Vlasova/Getty Images)

O efeito é mais severo nas famílias russas, porque uma parcela maior de seus orçamentos domésticos vai para a alimentação e os salários não acompanham a inflação (Anastasia Vlasova/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2022 às 19h12.

Com as sanções impostas à Rússia, os preços dos alimentos sobem de forma acentuada em meio à alta da inflação, que já alcançou o dobro da taxa do Ocidente. A situação deve piorar à medida que os estoques diminuem, novas sanções entram em vigor e os compradores adotam estratégias que podem aumentar a inflação.

O açúcar custa dois terços a mais do que há um ano, enquanto frutas e legumes custam um terço a mais, segundo dados do governo. As massas custam quase 30% a mais do que há um ano, enquanto os preços dos cereais e feijões subiram 35%. No geral, os preços dos alimentos subiram 20%, o dobro do aumento registrado nos Estados Unidos em abril.

O efeito é mais severo nas famílias russas, porque uma parcela maior de seus orçamentos domésticos vai para a alimentação e os salários não acompanham a inflação. O aumento generalizado dos preços, que há muito é um problema na Rússia, deve permanecer à medida que os estoques de produtos importados se reduzem, os preços de peças escassas aumentam, os custos de transporte são impulsionados e as sanções ocidentais começam a entrar em vigor.

O Banco Central russo disse que a inflação, a incerteza econômica e a piora nas condições de crédito ao consumidor estão levando os consumidores a economizar mais e reduzir os gastos. No curto prazo, segundo a entidade, os preços permanecerão voláteis, devido à mudança na dinâmica da demanda do consumidor e da disponibilidade de produtos. O Banco Central disse, ainda, que está tomando medidas para conter a inflação e espera que os aumentos de preços caiam para 5% a 7% no próximo ano e 4% em 2024.

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