Economia

Preços do petróleo recuam para mínima de quase 4 semanas

Essa foi a maior queda percentual diária para ambas as marcas de referência desde o início de agosto e foram as mínimas de fechamentos do Brent desde 7 de outubro

Petróleo: os estoques semanais de petróleo subiram mais 3,3 milhões de barris (AFP/AFP)

Petróleo: os estoques semanais de petróleo subiram mais 3,3 milhões de barris (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 3 de novembro de 2021 às 17h23.

Os preços do petróleo caíram para mínima de quase quatro semanas nesta quarta-feira, depois que os estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram mais do que o esperado, enquanto estoques de gasolina do maior consumidor de petróleo do mundo atingiram uma mínima de quatro anos.

Os futuros do petróleo Brent caíram 2,73 dólares, ou 3,2%, para fechar em 81,99 dólares o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuou 3,05 dólares, ou 3,6%, para fechar em 80,86 dólares.

Essa foi a maior queda percentual diária para ambas as marcas de referência desde o início de agosto e foram as mínimas de fechamentos do Brent desde 7 de outubro e do WTI desde 13 de outubro.

Os estoques semanais de petróleo subiram mais 3,3 milhões de barris, mais do que o esperado, mas os estoques de gasolina caíram para o menor patamar desde novembro de 2017. A oferta do mercado de petróleo dos EUA se apertou, com os estoques no centro de armazenamento de Cushing, Oklahoma, na mínima em três anos. [EIA/S]

"Os mercados já estão sob pressão", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group em Chicago. "Estamos em baixa por causa da realização de lucros na reunião do Fed de hoje."

O presidente dos EUA, Joe Biden, falando na cúpula climática global COP26 em Glasgow, atribuiu o aumento dos preços do petróleo e do gás à recusa dos países da Opep em bombear mais petróleo. O preço médio de varejo de um galão de gasolina nos Estados Unidos estava recentemente em 3,40 dólares, de acordo com a AAA, cerca de 0,20 dólar de aumento em relação ao mês anterior.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, reúne-se na quinta-feira e deve confirmar os planos para manter estáveis os aumentos mensais da oferta, apesar dos apelos para uma aceleração.

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