Economia

Preços de transportes são principal influência para o IPCA

Com deflação de 0,24%, o setor foi o principal responsável pela redução da inflação medida pelo índice

No entanto, o segmento continua sendo a principal influência para a alta de preços no ano (Getty Image)

No entanto, o segmento continua sendo a principal influência para a alta de preços no ano (Getty Image)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 10h49.

Rio de Janeiro - O setor de transportes foi o principal responsável pela redução da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio deste ano. Com uma deflação de 0,24%, os transportes contribuíram para que a inflação oficial passasse de 0,77% em abril para 0,47% em maio.

Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina dos Santos, a deflação observada nos transportes em maio é resultado da queda nos preços dos combustíveis. “Os combustíveis vinham pressionando a taxa, em particular a de abril. Com o avanço da colheita da cana-de-açúcar, a oferta aumentou e os preços despencaram, tanto o do etanol quanto o da gasolina, já que parte da gasolina é composta pelo álcool. Além da safra da cana, também tem o efeito da demanda, porque, quando o preço fica muito alto, as pessoas tendem a consumir menos”, disse.

No entanto, o segmento continua sendo a principal influência para a alta de preços no ano. A inflação acumulada de 4,98% em 2011 no setor de transportes contribuiu com um quarto da inflação de 3,71% acumulada pelo IPCA no ano. Entre janeiro e maio de 2010, a inflação dos transportes havia sido de apenas 1,70%.

A alta dos transportes em 2011 foi influenciada principalmente pela concentração de reajustes dos ônibus no primeiro quadrimestre do ano e pelo aumento do etanol e da gasolina nesses primeiros meses do ano.

Apenas a alta de 10,51% da gasolina em 2011 é responsável por 11% da inflação acumulada pelo IPCA no ano. O aumento de 7,56% nos preços dos ônibus urbanos responderam por 7,5% do total da taxa do IPCA em 2011.

A inflação dos alimentos também contribui para o IPCA acumulado no ano. Mas, diferentemente dos transportes, o grupo alimentação não teve queda de preços em maio deste ano. Esses itens tiveram inflação de 0,63% em maio e responderam por um terço da taxa de 0,47%. Entre as principais altas do segmento em maio estão o tomate (9,41%), o alho (6,89%), a batata-inglesa (6,02%) e o leite pasteurizado (3,15%).

Também contribuíram para o IPCA de maio os setores de habitação, com taxa de 0,97%, vestuário (1,19%) e saúde e cuidados pessoais (0,73%).

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