Economia

Preços de alimentos na América Latina subiram 2,6%, diz FAO

Preços dos alimentos na América Latina e no Caribe subiram 2,6% em fevereiro, acima da alta de 1,4% de janeiro, segundo a FAO


	Venda de alimentos na Nicarágua: índice da FAO mede a variação mensal dos preços internacionais de uma cesta de grupos de produtos básicos
 (Elmer Martinez/AFP)

Venda de alimentos na Nicarágua: índice da FAO mede a variação mensal dos preços internacionais de uma cesta de grupos de produtos básicos (Elmer Martinez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 14h58.

Santiago - Os preços dos alimentos na América Latina e no Caribe subiram 2,6% em fevereiro, acima da alta de 1,4% de janeiro, segundo o relatório mensal da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgado nesta quinta-feira em Santiago, no Chile.

Segundo o relatório, os maiores aumentos, que contribuíram, além disso, para alcançar 208,1 pontos no índice elaborado pela FAO, desde 202,9 registrados em janeiro (5,2 mais), foram o açúcar (6,2%) e óleos (4,9%), seguidos dos cereais (3,6%) e produtos lácteos (2,9%).

O índice da FAO mede a variação mensal dos preços internacionais de uma cesta de grupos de produtos básicos.

A de fevereiro se trata da maior variação deste indicador desde meados de 2012. Segundo a FAO, isso se deve ao "fortalecimento das cotações de todos os grupos de produtos básicos que compõem o índice", com exceção da carne, que diminuiu ligeiramente.

A carne se situou em fevereiro em uma média de 182,6 pontos, isto é, apenas 0,5 pontos abaixo do valor revisado de janeiro.

Para a economista superior da FAO, Concepción Calpe, "o aumento deste mês segue a um longo período de queda de preços alimentícios em geral, embora seja muito cedo para dizer que se trata de uma verdadeira inversão da tendência".

"A meteorologia provavelmente é um vetor importante que impulsiona em alta os preços de certos produtos básicos, como o açúcar e o trigo, mas o brusco aumento da demanda é outro fator importante que alicerça os preços do milho, produtos lácteos e óleos", acrescentou.

O relatório também descarta que o aumento do índice possa ser atribuído aos "recentes eventos na Ucrânia" (que junto à Rússia são grandes exportadores de cereais), embora advirta que "possivelmente influirão no valor do índice no próximo mês".

Sobre a estimativa da produção mundial de cereais, a FAO acredita ser cedo para uma previsão preliminar do ano de 2014.

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