Economia

Preços das commodities tem valores mistos

Metais foram beneficiados pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, enquanto o petróleo registrou queda nas cotações

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 16h50.

Londres - Os preços das commodities nesta semana tiveram resultados mistos. Os metais foram beneficiados pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, enquanto o petróleo registrou queda nas cotações pela diminuição das tensões sobre a oferta do produto.

Petróleo: Os preços do petróleo bruto recuaram com a redução das preocupações relativas à oferta do Iraque e da Líbia. As perdas foram em parte compensadas, porém, pelas evidências de demanda aquecida nos EUA, maior consumidor de petróleo do mundo.

Os preços do cru começaram a cair na quarta-feira, depois que primeiro-ministro interino da Líbia, Abdullah al-Thani, declarou que as autoridades do país recuperaram o controle dos terminais de exportação que estavam no controle dos rebeldes.

Atualmente, a produção da Líbia é de cerca de 320 mil barris por dia, aproximadamente um quinto da sua capacidade.

"A Líbia espera um avanço promissor da recuperação da sua capacidade de exportação", disse Dorian Lucas, analista da Inenco.

As preocupações em relação às exportações do Iraque também foram aliviadas, na medida em que os ataques dos rebeldes não ameaçam a produção de petróleo concentrada no sul do país.

A queda dos preços do petróleo foi reduzida, entretanto, pela retração acima do esperado das reservas dos EUA. O Departamento de Energia informou que os estoques de cru do país tiveram uma perda de 3,2 milhões de barris na semana passada, quase o dobro do previsto pelos analistas.

Já o Departamento de Trabalho comunicou na quinta-feira que foram criados 215.000 empregos, reduzindo para 6,1% a taxa de desemprego, em comparação aos 6,3% registrados em maio.

Os EUA são o maior consumidor de petróleo e, por isso, qualquer indicador de sua economia é acompanhado de perto pelos investidores.

As notícias de que as economias da Ásia, China e Japão, registraram expansão em junho também contribuíram para suportar os preços.

Nesta sexta-feira, em Londres, no Intercontinental Exchange, o Brent do Mar do Norte para entrega em agosto caiu para 110,87 dólares o barril, em comparação aos 113,18 dólares na semana anterior.

No New York Mercantile Exchange, o "light sweet crude" com entrega para o mesmo prazo caiu para 103,90 dólares o barril, em relação aos 105,55 dólares da semana passada.

Paládio bate recorde

METAIS PRECIOSOS: O ouro bateu um recorde de três meses com os dados sobre o emprego dos EUA.

O paládio atingiu a maior alta dos últimos 13 anos, a 866,85 dólares a onça, em uma consistente demanda pelo metal.

Nesta sexta-feira, no London Bullion Market, o preço do ouro subiu para 1.319,25 dólares a onça, em comparação aos 1.317,50 dólares da semana anterior.

A prata avançou para 21,12 dólares a onça, em relação aos 21,04 dólares da semana passada.

No London Platinum and Palladium Market, a platina teve alta, a 1.503 dólares a onça. Na semana passada, a cotação era de 1.479 dólares. O paládio subiu de 839 para 866 dólares.

METAIS INDUSTRIAIS: Os preços subiram, impulsionados por dados econômicos positivos de Estados Unidos e China, grande importadora de metais e que apresentou crescimento da indústria em junho. O zinco teve sua maior alta em três anos, a 2.270,25 dólares a tonelada, em resposta a uma contração da oferta.

Nesta sexta, no London Metal Exchange, o cobre para entrega em três meses saltou para 7.140 dólares a tonelada, em comparação com os 6.956 dólares da semana anterior.

O alumínio para entrega em três meses subiu para 1.921 dólares a tonelada; o chumbo com entrega no mesmo período avançou para 2.180 dólares a tonelada; o estanho, para 22.790 dólares a tonelada; o níquel, para 19.500 dólares a tonelada; e o zinco, para 2.236 dólares a tonelada.

 

Açúcar em queda

CAFÉ: O mercado do café teve resultados mistos, com alta do Robusta, em razão da seca no Vietnã, e com queda do Arábica, por causa da grande colheita no Brasil.

"O Vietnã teve uma seca mais intensa do que o normal, e é possível que sua produção para o ano que vem seja impactada", afirmou Jack Scoville, analista do Price Futures Group.

"A produção do Brasil foi bem alta nesta temporada, já que a seca criou boas condições para a colheita", acrescentou.

No ICE Futures US, o Arábica para entrega em setembro caiu para 171,80 centavos o quilo, em relação aos 181,30 centavos da semana anterior.

No LIFFE, o Robusta para setembro avançou para 2.059 dólares a tonelada. Na semana passada, foi cotado a 2.036 dólares.

AÇÚCAR: Os preços do açúcar caíram nesta semana, ajustando-se ao crescimento da oferta.

Nesta sexta-feira, no LIFFE, o preço da tonelada de açúcar refinado para entrega em outubro fechou em 469,40 dólares, comparado com 483,10 dólares na semana anterior.

No ICE Futures US, o preço do açúcar sem refino para outubro caiu 17,81 centavos de dólar o quilo. Na semana passada, valia 18,55 centavos.

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