(Erlon Silva - TRI Digital/Getty Images)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 8 de novembro de 2024 às 10h32.
Última atualização em 8 de novembro de 2024 às 10h34.
Os preços das carnes registraram o maior aumento mensal de preços em 4 anos, mostram os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de outubro divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 8.
Segundo os dados, os preços das carnes registraram alta de 5,81%, com impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral. Esse foi o segundo maior impacto, perdendo apenas para a energia elétrica. Foi a maior alta mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.
Entre os cortes com maior alta está o acém, com alta de 9,09%, costela, com aumento de 7,40%, contrafilé com variação positiva de 6,07% e alcatra, com elevação de 5,79%.
André Almeira, gerente da pesquisa do IPCA e INPC no IBGE, afirma que a menor oferta do produto explica o aumento de preços.
“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica Almeira.
O grupo de Alimentação e Bebidas, no qual está incluído as carnes, apresentou alta de 1,06% em outubro, impulsionado pelo aumento dos preços da alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% no mês de outubro.
O indicador, que mede a inflação oficial no Brasil, teve alta de 0,56% no mês e avanço de 4,76% nos últimos 12 meses, acima do teto da meta de inflação definida pelo Banco Central, que é de 4,50%.