Economia

Preços ao produtor na zona do euro recuam 0,2% em dezembro

Queda reflete tendência da inflação do consumidor e deixa espaço para o BCE cortar a taxa de juros


	Prédio do Banco Central Europeu (BCE): índice de preços ao produtor subiu 2,1 por cento em dezembro de 2012 comparado com o mesmo mês do ano anterior
 (Hannelore Foerster/Getty Images)

Prédio do Banco Central Europeu (BCE): índice de preços ao produtor subiu 2,1 por cento em dezembro de 2012 comparado com o mesmo mês do ano anterior (Hannelore Foerster/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 07h56.

Bruxelas - Os preços ao produtor da zona do euro caíram pelo segundo mês consecutivo em dezembro, refletindo a tendência da inflação do consumidor e deixando espaço para o Banco Central Europeu (BCE) cortar a taxa de juros para reanimar a frágil economia.

Os preços ao produtor nos 17 países que usam o euro caíram 0,2 por cento em dezembro contra novembro, informou agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, nesta segunda-feira, como esperado por economistas consultados pela Reuters.

Comparado com o mesmo mês do ano passado, o índice de preços ao produtor subiu 2,1 por cento em dezembro, quase o mesmo que a inflação ao consumidor anual, que foi de 2,0 por cento em janeiro e se aproximou da meta do BCE de "próximo, mas abaixo de 2 por cento".

O BCE manteve a taxas de juros em 0,75 por cento na reunião de janeiro, e vai discutir a política monetária de novo na quinta-feira. A decisão de manter a política monetária inalterada foi unânime no mês passado, mas os economistas estão divididos sobre os movimentos futuros do BCE.

Trinta e oito dos 73 analistas consultados pela Reuters em janeiro disseram que o BCE não fará nenhuma mudança no primeiro trimestre. Ninguém espera uma taxa de corte esta semana.

"O BCE não deve mudar a postura política na reunião de fevereiro", disse o Citigroup em uma nota. "Mas esperamos que o tom do comunicado à imprensa seja de maior cautela sobre as perspectivas econômicas e mais relaxado sobre as perspectivas para a inflação", disse o banco.

Os preços de energia caíram 0,8 por cento, o terceiro mês consecutivo de quedas.

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