Economia

Preços ao produtor da zona do euro desaceleram em setembro

Preços nos portões das fábricas dos 17 países que usam o euro avançaram 0,2 por cento em setembro ante agosto


	Inflação ao consumidor da zona do euro, que tem ficado bem acima da meta de pouco abaixo de 2%, ficou em 2,5% em outubro
 (Getty Images)

Inflação ao consumidor da zona do euro, que tem ficado bem acima da meta de pouco abaixo de 2%, ficou em 2,5% em outubro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 08h27.

Bruxelas - Os preços ao produtor da zona do euro subiram na menor margem em três meses em setembro, à medida que o custo da energia caiu, apesar de não ser esperado um corte nos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.

Os preços nos portões das fábricas dos 17 países que usam o euro avançaram 0,2 por cento em setembro ante agosto, informou nesta terça-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, assim como esperado por economistas consultados pela Reuters.

O índice de preços ao produtor subiu 2,7 por cento em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado.

A inflação ao consumidor da zona do euro, que tem ficado bem acima da meta do BCE de pouco abaixo de 2 por cento por mais de um ano, ficou em 2,5 por cento em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, abaixo da taxa de 2,6 por cento registrada em setembro.

Autoridades do BCE encontraram-se pela última vez em 4 de outubro e mantiveram as taxas de juros na mínima recorde de 0,75 por cento, e espera-se que eles deixem as taxas inalteradas mais uma vez nesta semana, com investidores observando, em vez disso, novos detalhes sobre o programa de compra de títulos e sua leitura sobre a fraca economia da zona do euro.

"Algumas coisas melhoraram nos últimos dois ou três meses, mas eu acho que o caminho à frente ainda é longo e difícil", disse no mês passado o presidente do BCE, Mario Draghi, sobre a economia.

Cortar os juros novamente aliviaria o custo de empréstimo das famílias e das empresas da zona do euro que estão sofrendo com a segunda recessão do bloco desde a crise financeira global de 2008 e 2009. Mas economistas dizem que o impacto de um corte seria modesto no melhor dos casos, porque os bancos comerciais estão relutantes a dar empréstimos, especialmente nos países mais pobres e endividados da zona do euro.

Ainda assim, o BCE deve levar em conta os preços ao produtor de setembro, que não mostraram aumento no preço da energia na comparação com agosto. Preços de petróleo mais altos em tempos de recessão tornaram a vida ainda mais difícil para as empresas que estão tentando manter os custos baixos.

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