Economia

Preços ao produtor caem 0,33% em fevereiro

Segundo IBGE, índice apresentou sua maior queda mensal em 12 meses


	Cultivo de laranja: segundo o IBGE, 10 das 23 atividades apresentaram deflação, com destaque para o recuo de 2,56% de alimentos e de 2,02% de fumo
 (Matt Stroshane/Getty Images)

Cultivo de laranja: segundo o IBGE, 10 das 23 atividades apresentaram deflação, com destaque para o recuo de 2,56% de alimentos e de 2,02% de fumo (Matt Stroshane/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 10h03.

Rio de Janeiro - O índice de preços ao produtor registrou em fevereiro a maior queda mensal em 12 meses ao recuar 0,33 por cento, após variação negativa de 0,10 por cento em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

O IBGE revisou o dado de janeiro depois de anunciar anteriormente recuo de 0,04 por cento.

Em fevereiro de 2012, o índice havia registrado queda de 0,42 por cento e, no acumulado em 12 meses, os preços apresentaram alta de 7,73 por cento no mês passado.

Segundo o IBGE, 10 das 23 atividades pesquisadas apresentaram deflação dos preços em fevereiro na comparação com o mês anterior, com destaque para o recuo de 2,56 por cento de alimentos e de 2,02 por cento de fumo. Entre as altas, os preços de perfumaria, sabões e produtos de limpeza tiveram avanço de 3,02 por cento.

As maiores influências sobre o indicador em fevereiro vieram de alimentos (-0,51 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,17 ponto) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,05 ponto).

Na comparação com o mesmo mês de 2012, as maiores variações de preços ocorreram em alimentos (11,90 por cento), fumo (23,32 por cento), outros produtos químicos (14,60 por cento) e papel e celulose (12,26 por cento).

O índice mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.

A inflação, embora comece a dar sinais de desaceleração, continua em patamares considerados elevados, o que leva o mercado a apostar que o Banco Central iniciará novo ciclo de aperto monetário em maio.

Prévia da inflação oficial de março, o IPCA-15 acumulou em 12 meses alta de 6,43 por cento, perto do teto da meta do governo de 6,50 por cento.

Agora, a atenção se volta para a divulgação, na quinta-feira, do Relatório Trimestral de Inflação do BC, com projeções sobre inflação e atividade econômica.

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIBGEIndicadores econômicosPreços

Mais de Economia

Salário mínimo: Haddad confirma nova regra de reajuste e diz que piso continuará acima da inflação

Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha R$ 5 mil e tributação para renda superior a R$ 50 mil

Banco Central russo para de comprar moedas estrangeiras para frear desvalorização do rublo

CCJ conclui audiências sobre reforma tributária, mas votação do parecer ainda não tem data