Economia

Preços ao produtor brasileiro aceleram alta a 0,35%

Segundo IBGE, Índice de Preços ao Produtor atingiu em abril o maior nível em quatro meses, com mais atividades registrando variação positiva

Trabalhador colhe tomates em fazenda em Salto, a 100 km de São Paulo: leitura é a maior desde o avanço de 0,41 por cento vista em dezembro (Paulo Whitaker/Reuters)

Trabalhador colhe tomates em fazenda em Salto, a 100 km de São Paulo: leitura é a maior desde o avanço de 0,41 por cento vista em dezembro (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 10h13.

Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Produtor atingiu em abril o maior nível em quatro meses ao acelerar a alta a 0,35 por cento, com mais atividades registrando variação positiva do que no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

A leitura é a maior desde o avanço de 0,41 por cento vista em dezembro, levando os preços ao produtor acumularem alta de 5,48 por cento nos 12 meses encerrados em abril.

O IBGE revisou o dado de março para avanço de 0,04 por cento em março, depois de anunciar 0,03 por cento.

Segundo o IBGE, em abril, 18 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços na comparação com o mês anterior, com destaque para farmacêutica (1,95 por cento), borracha e plástico (1,43 por cento), papel e celulose (1,31 por cento) e têxtil (1,29 por cento). Em março, foram 14 as atividades cujos preços subiram.

Em relação aos alimentos, ao avançarem 0,16 por cento em abril ante o mês anterior, o setor registrou pela primeira vez no ano taxa positiva, embora a menor de toda a série, segundo o IBGE. Com isso, alimentos acumulam no ano queda de 5,08 por cento, mas alta de 5,82 por cento em 12 meses.

Já as maiores influências positivas sobre o indicador em abril vieram de metalurgia (0,07 ponto percentual), borracha e plástico (0,05 ponto), máquinas e equipamentos (0,05 ponto). No campo negativo, o destaque ficou com outros produtos químicos (-0,09 ponto percentual).


No acumulado dos últimos 12 meses, por sua vez, as maiores variações foram registradas em fumo (11,60 por cento), bebidas (9,89 por cento), borracha e plástico (9,18 por cento) e outros produtos químicos (9,11 por cento).

As principais influências vieram de alimentos (1,11 ponto percentual), outros produtos químicos (0,98 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (0,92 ponto) e borracha e plástico (0,34 ponto).

O IPP mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor, que ainda estão em níveis bastante elevados.

Apesar de o IPCA-15 ter mostrado desaceleração da alta em maio a 0,46 por cento, o acumulado em 12 meses chegou a 6,46 por centro, muito perto do teto da meta, de 4,5 por cento mais 2 pontos de tolerância.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir nesta terça e quarta-feiras para definir o próximo passo da política monetária depois de ter dado início em abril a um ciclo de aperto, com elevação da Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50 por cento.

Pesquisa da Reuters apontou que 26 de 50 bancos e consultorias esperam que o BC suba a Selic em 0,50 ponto percentual, para 8 por cento. O restante espera aumento de 0,25 ponto, para 7,75 por cento.

A reunião do Copom acontece horas depois de o IBGE divulgar os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre. A expectativa é de crescimento de 0,9 por cento sobre o quarto trimestre, maior alta desde o fim de 2010, segundo outra pesquisa da Reuters.

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