Etanol: o Maranhão registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 2,45% (Marcos Santos/USP Imagens)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de outubro de 2018 às 15h53.
Ribeirão Preto - Os preços do etanol hidratado subiram nos postos de 17 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em outros oito Estados houve queda e no Amapá não houve avaliação.
Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve reajuste médio de 1,64 por cento no preço do etanol na semana passada, para 2,914 reais.
Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado avançou 2,39 por cento sobre a semana anterior, a maior alta entre todos os Estados no período, de 2,682 reais para 2,746 reais o litro. No período de um mês os preços do combustível avançaram 10,37 por cento nos postos paulistas.
Além de São Paulo, no período mensal os preços do etanol subiram em 19 Estados e no Distrito Federal e caíram em cinco unidades da Federação pesquisadas. No Amapá não houve avaliação.
A maior alta mensal, de 14,18 por cento, foi em Mato Grosso. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 8,33 por cento na comparação mensal. O Maranhão registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 2,45 por cento, e o maior recuo mensal também foi de um Estado nordestino, a Paraíba, com 4,30 por cento.
O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de 2,349 reais o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de 4,800 reais o litro, em Rondônia. Apesar da disparada nos preços, São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de 2,746 reais o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Acre, de 4,040 reais o litro.
Com a queda de 2,32 por cento nos preços médios na semana passada, o etanol ganhou competitividade sobre a gasolina na Paraíba.
Os preços médios do biocombustível permanecem vantajosos também nos cinco Estados entre os maiores produtores do País - São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso -, além do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
O levantamento da ANP considera que o etanol de cana ou de milho, por ter desempenho mais fraco, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Com o recuo, a paridade na Paraíba ficou em 69,13 por cento. Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 59,62 por cento do preço da gasolina, em Goiás em 60,15 por cento, em São Paulo por 61,04 por cento e em Minas Gerais a 61,30 por cento. No Paraná a paridade está em 65,39 por cento, no Rio de Janeiro em 67,94 por cento e no Distrito Federal em 68,68 por cento.
Na média brasileira, a paridade é de 61,71 por cento entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.
A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 84,52 por cento para o preço do etanol.