Economia

Preço de energia de curto prazo cai para menos de R$600/MWh

Queda indica cenário mais favorável nas estimativas de chuva para abastecimento dos reservatórios das hidrelétricas na próxima semana


	Vista de torres e cabos de alta tensão que transportam eletricidade ao longo do Estado do Pará
 (REUTERS/Paulo Santos)

Vista de torres e cabos de alta tensão que transportam eletricidade ao longo do Estado do Pará (REUTERS/Paulo Santos)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 19h20.

São Paulo - O valor da energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) caiu abaixo dos 600 reais por megawatt-hora (MWh) em todas as regiões do país, indicando cenário mais favorável nas estimativas de chuva sobre represas de hidrelétricas na próxima semana.

As informações foram publicadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O PLD, na carga pesada, ficou em 595,23 reais por MWh para Norte e Nordeste, e em 597,66 reais por MWh para Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Já na carga leve, o preço será de 551,09 reais por MWh em todos os sistemas. Na carga média, o PLD ficou em 591,81 reais por MWh em todas as regiões. Na semana encerrada nesta sexta-feira, o PLD médio estava em 817,05 reais por MWh. 

A queda no PLD já era aguardada por comercializadoras de energia, que esperam para junho o fenômeno El Niño, que traz mais chuva ao Sul e parte do Sudeste. Além disso, o consumo de energia no país já teve forte desaceleração em maio, cenário que tende a se manter no inverno.

Para a próxima semana, a previsão é de que duas frentes frias avancem pela região Sul e litoral da região Sudeste, e ocasionem chuva fraca a moderada nas bacias dos rios Uruguai, Jacuí e Iguaçu, e fraca nas bacias dos rios Paranapanema e Tietê, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O órgão divulgou nesta sexta-feira que em junho as chuvas do Sudeste devem ser de cerca de 83 por cento da média histórica para o mês. No Sul, em 149 por cento da média histórica.

Já no Nordeste, as chuvas que chegam às hidrelétricas devem ser o equivalente a 48 por cento da média histórica, enquanto no Norte as afluências estimadas são de cerca de 98 por cento. Os números batem com os adiantados por comercializadores de energia à Reuters na quinta-feira.

O ONS estima ainda que o consumo de carga de energia do sistema em junho cresça 3,6 por cento ante junho do ano passado. O nível dos reservatórios da região Sudeste deve terminar junho em 34,7 por cento, ante 37,44 por cento atualmente. No Sul, o nível deve ser de 78,6 por cento ao fim do mês, uma alta sobre os 52,99 por cento atuais.

No Nordeste, o armazenamento é esperado em 36,9 por cento no final de junho, ante 41,03 por cento hoje. No Norte, o nível das represas deve chegar a 92,7 por cento, praticamente estável ante os 92,96 por cento atuais.

Junho começa também com uma redução no nível de geração térmica acionada, sendo que o ONS sinaliza, para a próxima semana, uma geração térmica de 14,9 gigawatts médios, ante valores acima de 17 GW indicados para a última semana de maio.

Texto atualizado às 19h18min do mesmo dia.

Acompanhe tudo sobre:EletricidadeEnergiaEnergia elétricaHidrelétricasPreçosServiços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto