Economia

Preço da gasolina fica estável na semana; diesel e etanol têm alta

Preço médio atual da gasolina no país é de R$ 4,558 reais por litro, segundo ANP

Crise: Petrobras segurou reajustes após ataque dos EUA a general iraniano, o que influenciou em preço do petróleo (Paulo Whitaker/Reuters)

Crise: Petrobras segurou reajustes após ataque dos EUA a general iraniano, o que influenciou em preço do petróleo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2020 às 15h35.

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços médios da gasolina nos postos brasileiros fecharam a semana estáveis, a 4,558 reais por litro, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira, enquanto cotações do diesel e etanol tiveram leve avanço frente à semana anterior.

A estabilidade nas cotações da gasolina vem após a estatal Petrobras ter decidido não aplicar de imediato reajustes em suas refinarias na sequência de um ataque norte-americano que matou um importante general iraniano no Iraque na semana passada e gerou tensão geopolítica que preocupou o mercado de petróleo.

Após um salto inicial e uma nova alta após um contra-ataque do Irã que mirou bases dos EUA no Iraque, os valores do Brent, referência internacional do petróleo, fecharam em queda de 5,3% nesta semana, em patamares inferiores aos registrados antes do início das tensões no Oriente Médio.

No diesel, que também não sofreu reajuste por parte da Petrobras, houve leve avanço nos preços nas bombas, de em média 0,11%, para 3,783 reais por litro.

Já o etanol teve alta maior, de 0,35%, para em média 3,185 reais por litro, segundo os dados da ANP.

Em meio à preocupação com os possíveis efeitos dos acontecimentos no Oriente Médio sobre os preços dos combustíveis, o governo federal tem estudado meios de aliviar repasses de altas do petróleo aos consumidores.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse durante a semana que o governo avalia utilizar recursos de royalties e participações especiais cobradas sobre a produção de petróleo para compensar eventuais impactos dos preços internacionais nas bombas.

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos não são imediatos e ainda dependem de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

(Por Luciano Costa)

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