Economia

Preço da eletricidade no curto prazo cai com menor demanda

Valor da energia no mercado de curto prazo caiu para R$ 658,50 por megawatt-hora (MWh), na carga pesada


	Cabos de transmissão de energia elétrica próximos a usina hidrelétrica de Itaipu
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Cabos de transmissão de energia elétrica próximos a usina hidrelétrica de Itaipu (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 19h06.

Brasília - O valor médio da energia no mercado de curto prazo, dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), caiu cerca de 20 por cento para a próxima semana, impactado por revisão em projeções de demanda por eletricidade no país nos próximos anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O PLD caiu para 649,96 reais por megawatt-hora (MWh) em todos os submercados para a próxima semana, ante 809,43 reais estabelecidos para esta semana, informou a entidade.

Os valores das cargas pesada, média e leve também recuaram entre 19 e 20 por cento.

Na manhã desta sexta-feira, a Aneel aprovou revisão para baixo da previsão de demanda de energia no Brasil até 2018. A agência já estimava que a revisão levaria a uma redução de cerca de 160 reais no PLD da próxima semana, o que acabou sendo confirmado pela CCEE.

Em seu sumário executivo semanal de operações, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou que o maior impacto na redução dos preços foi a revisão da carga aprovada pela Aneel.

No documento, o ONS prevê estabilidade de chuvas da próxima semana no Nordeste, em relação à semana que está terminando, e recuo das afluências nas demais regiões.

O ONS ressalta que vem operando o sistema priorizando o uso de hidrelétricas das regiões Norte e Sul, além da usina de Itaipu, de modo a buscar a preservação dos reservatórios das usinas das cabeceiras dos rios Grande, Paranaíba e São Francisco.

Além disso, lembra o ONS, esses recursos vem sendo complementados pelo pleno acionamento do parque de termelétricas.

O ONS estima que, no fim de agosto, os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste estarão operando com 30,6 por cento da capacidade, ante os 33,83 por cento de armazenagem registrados na quinta-feira.

Texto atualizado às 19h04min do mesmo dia, com mais informações e com um novo título.

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