Economia

Preço da carne bovina pressiona a inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 0,96%, na primeira prévia de abril ante 0,85%, no encerramento de março


	Mulher escolhe carne no supermercado: elevação de 0,11 ponto percentual (p.p.) foi provocada, principalmente, pelo avanço no grupo alimentação
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Mulher escolhe carne no supermercado: elevação de 0,11 ponto percentual (p.p.) foi provocada, principalmente, pelo avanço no grupo alimentação (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 09h43.

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 0,96%, na primeira prévia de abril ante 0,85%, no encerramento de março.

De acordo com a apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), essa elevação de 0,11 ponto percentual (p.p.) foi provocada, principalmente, pelo avanço no grupo alimentação (de 1,66% para 2,05%).

Entre os itens que mais pressionaram a inflação estão as carnes bovinas cujos preços em média ficaram 2,48% mais caros ante uma alta de 1,61%.

Mais de três grupos de um total de oito pesquisados apresentaram aumentos de preços: saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,71%) sob o efeito dos medicamentos (de 0,04% para 0,73%); vestuário (de 0,63% para 0,97%) puxado pelo aumento de preços de roupas (de 0,80% para 1,28%) e despesas diversas (de 0,26% para 0,36%) com destaque para a cobrança dos serviços em clínica veterinária (de 0,78% para 1,32%).

Já em comunicação, o consumidor foi favorecido pela queda na média de preços em 0,08% ante uma alta de 0,05%.

O principal motivo foi o recuo da tarifa de telefone residencial (de -0,48% para -0,63%).

Nos demais grupos ocorreram decréscimos que também ajudaram a conter o ritmo de inflação.

Em educação, leitura e recreação, houve alta de 0,73% ante 0,94% com destaque para a passagem aérea (de 13,66% para 5,58%).

No grupo habitação, o índice mostra elevação de 0,53% ante 0,56% com a perda de velocidade no valor pago aos empregados domésticos (de 1,12% para 0,89%) e, em transportes, foi constatada variação de 0,63% ante 0,69%.

Neste caso, a contribuição veio da tarifa de ônibus urbano (de 0,33% para -0,16%).

Os cinco itens que mais influenciaram o avanço do IPC-S são: batata-inglesa com alta de 44,30%; tomate (30,30%); refeições em bares e restaurantes (1,07%) ; leite longa vida (4,17%) e gasolina (0,94%).

Em sentido oposto, os que ajudaram a frear o avanço do índice foram: frango em pedaços (-2,46%); maçã (-5,98%); tarifa de telefone residencial (-0,63%); alimentos preparados e congelados de aves (-2,19%) e tarifa de táxi (-1,61%).

Acompanhe tudo sobre:EmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasIndústriaInflaçãoPreços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto