Economia

Praet, do BCE, pede reformas para que recuperação dure

Apesar da melhora generalizada no cenário econômico, Praet alertou para problemas estruturais, incluindo o número crescente de desempregados


	Peter Praet: "embora o ciclo de negócios esteja melhorando, a notável queda no crescimento potencial da zona do euro não foi tratada"
 (Eric Vidal/Reuters)

Peter Praet: "embora o ciclo de negócios esteja melhorando, a notável queda no crescimento potencial da zona do euro não foi tratada" (Eric Vidal/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 09h52.

Berlim - Países na zona do euro precisam fazer reformas para que a recuperação econômica se torne duradoura, disse nesta quinta-feira o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Peter Praet, dizendo que uma das medidas seria o afrouxamento de regulações para empregadores.

As declarações de Praet são os exemplos mais recentes do BCE colocando pressão para que países façam sua parte pela economia depois que o banco central lançou o esquema de impressão de dinheiro de mais de um trilhão de euros.

Diferente de declarações anteriores de autoridades do BCE, que tipicamente têm sido mais gerais, Praet deu sugestões específicas, citando regulações francesas para empresas com mais de 50 funcionários como um obstáculo.

"Embora o ciclo de negócios esteja melhorando, a notável queda no crescimento potencial da zona do euro não foi tratada", disse Praet num discurso em uma conferência em Berlim.

"A zona do euro precisa de uma combinação de políticas para a recuperação cíclica que estamos vendo se tornar duradoura: política monetária expansionista e reformas estruturais firmes precisam andar juntas", disse ele, acrescentando que "a economia da zona do euro parece agora estar virando a página".

Apesar da melhora generalizada no cenário econômico, Praet alertou para problemas estruturais, incluindo o número crescente de desempregados de longo prazo, e salientou a necessidade de investimentos.

Em declarações dirigidas à Alemanha, que opõe a tomada de empréstimos para investir, Praet disse: "Uma recuperação mais forte ... movida por investimento crescente não beneficiaria apenas a Alemanha, mas também teria impactos positivos no resto da zona do euro".

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