Economia

Poupança acumula captação líquida de R$ 7,350 bi no 1º semestre de 2018

Resultado reflete o total de R$ 1,070 trilhão de depósitos na poupança, menos R$ 1,063 trilhão de saques

Saldo positivo contrasta com o cenário visto no início dos últimos anos (solarseven/Thinkstock)

Saldo positivo contrasta com o cenário visto no início dos últimos anos (solarseven/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2018 às 15h54.

Brasília - A caderneta de poupança fechou o primeiro semestre de 2018 com captação líquida de R$ 7,350 bilhões, informou nesta quinta-feira, 5, o Banco Central. O valor reflete o montante de recursos que os brasileiros depositaram na caderneta, já descontados os saques no período. Desde 2014, quando a recessão econômica ainda não havia começado, a poupança não registrava captação positiva no primeiro semestre de um ano.

O resultado do semestre reflete o total de R$ 1,070 trilhão de depósitos na poupança, menos R$ 1,063 trilhão de saques. No período, a poupança registrou saques líquidos apenas em janeiro (R$ 5,201 bilhões) e fevereiro (R$ 708,1 milhões). Nos meses seguintes, houve captação líquida em março (R$ 3,977 bilhões), abril (R$ 1,237 bilhão) e maio (R$ 2,405 bilhões).

Em junho, conforme o BC, a poupança captou R$ 5,639 bilhões líquidos, totalizando quatro meses consecutivos em que os depósitos superaram os saques. Os aportes na caderneta somaram R$ 179,998 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 174,359 bilhões em junho. Considerando os rendimentos de R$ 2,810 bilhões no mês passado, o total de recursos depositados na poupança chega hoje a R$ 749,089 bilhões.

O resultado positivo da poupança no primeiro semestre contrasta com o cenário visto no início dos últimos anos. Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente às despesas do dia a dia.

Em 2017, o cenário começou a mudar, em meio ao início da recuperação econômica. Ainda assim, o primeiro semestre foi marcado por mais saques que depósitos, totalizando saídas líquidas de R$ 12,290 bilhões da caderneta.

Este ano, a recuperação gradual da atividade e da própria renda, em um ambiente de inflação baixa, favoreceu a captação líquida de recursos pela poupança no primeiro semestre. Em junho, houve ainda a liberação de parte dos recursos do PIS-Pasep para pessoas que trabalharam entre 1971 e 1988. A liberação de recursos, em um total de R$ 16 bilhões, vai se estender até 28 de setembro.

Atualmente, a remuneração da caderneta de poupança é formada pela taxa referencial (TR) mais 70% da Selic (a taxa básica de juros). A Selic, por sua vez, está hoje em 6,50% ao ano.

Esta regra de remuneração vale sempre que a taxa básica estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança será atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).

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