Economia

Portugal pede aos países da UE que deem impulso a reformas

"Todos os países da UE têm que reforçar seu ânimo reformista (...), a ausência de mudanças gera impactos negativos em nível comunitário", defendeu


	Os ministros da Espanha e de Portugal: "No plano comunitário, uma política orçamentária equivocada em um país gera desequilíbrios em toda a zona do euro", advertiu Moedas
 (AFP/Georges Gobet)

Os ministros da Espanha e de Portugal: "No plano comunitário, uma política orçamentária equivocada em um país gera desequilíbrios em toda a zona do euro", advertiu Moedas (AFP/Georges Gobet)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 16h07.

Lisboa - O governo de Portugal pediu hoje a seus parceiros comunitários que deem um novo impulso a suas reformas, já que as deficiências e "problemas" a serem resolvidas por alguns acabam afetando o conjunto da União Europeia (UE).

Assim o afirmou o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro de Portugal, Carlos Moedas, que discursou em Lisboa em um ato organizado pela câmara de Comércio hispânico-lusa a empresários dos dois lados da fronteira.

"Todos os países da UE têm que reforçar seu ânimo reformista (...), a ausência de mudanças gera impactos negativos em nível comunitário", defendeu.

Moedas relembrou conquistas do Executivo conservador português, no poder há um ano e meio, entre os quais destacou a aprovação de "reformas estruturais" com efeitos a longo prazo, como as dirigidas a "melhorar e flexibilizar o mercado de trabalho", as mudanças no Código Civil ou a supressão de trâmites burocráticos.

O secretário de Estado, considerado um dos homens com mais peso dentro do governo português de Pedro Passos Coelho, insistiu que estas ações acompanham o "duro caminho" de cortes e ajustes feito pelo país, sob as estritas condições de um resgate concedido pela UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) desde maio de 2011.

"No plano comunitário, uma política orçamentária equivocada em um país gera desequilíbrios em toda a zona do euro", advertiu Moedas, que defendeu por este motivo a introdução de limites mais estritos ao déficit público e o endividamento dos Estados-membros.

Para ele, a crise atual deriva da necessidade de se adaptar "a um novo ecossistema", o criado com o euro, que exige "mudanças nas regras do jogo" tão profundas que "é normal que surjam dificuldades". 

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