Economia

Portugal comemora cumprimento de exigências do resgate

O governo celebra o feito hoje, aniversário de um ano da vitória eleitoral da centro-direita

O premiê Pedro Passos Coelho considera um 'êxito' o processo de recuperação do país (Georges Gobet/AFP)

O premiê Pedro Passos Coelho considera um 'êxito' o processo de recuperação do país (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 08h02.

Lisboa - Portugal celebra ter conseguido cumprir as duras exigências de seu resgate financeiro nesta terça-feira, quando se completa um ano da vitória eleitoral da centro-direita, que fez do saneamento das finanças nacionais sua principal prioridade.

Nas fileiras da coalizão conservadora que governa Portugal, proliferam as demonstrações de satisfação pelo cumprimento das condições do resgate, sob a liderança do próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que considera um "êxito" o processo de recuperação do país.

Desde a oposição, por outro lado, tudo são críticas, e tanto os socialistas como as forças da esquerda marxista que completam o arco parlamentar acusam o Executivo conservador de levar Portugal à pobreza e prejudicar o crescimento e a criação de empregos.

O último relatório da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), responsáveis pelo programa de saneamento, ratificou nesta segunda-feira que o país se encontra no "bom caminho" da recuperação, embora ainda enfrente incertezas.

Portugal espera encerrar 2012 com uma queda do PIB de 3% e um nível de desemprego superior a 15%, o dobro de três anos atrás, embora planeje cumprir a redução de seu déficit fiscal, que deve descer a 3% no próximo ano.

O Partido Social Democrata (PSD) de Passos Coelho ganhou as eleições antecipadas de 5 de junho de 2011, semanas depois de UE e FMI terem aceitado conceder a Portugal 78 bilhões de euros para evitar sua quebra.

A coalizão lusa conseguiu a aprovação de UE e FMI nas quatro avaliações do programa de assistência realizadas desde então.

No entanto, não obteve o consenso da oposição e dos sindicatos, que organizaram duas greves gerais contra o Executivo conservador.

As forças de esquerda reprovam o Executivo pelos cortes salariais e as altas de impostos embutidos nos vencimentos, assim como pela redução dos subsídios sociais e dos orçamentos de saúde e educação no marco das severas medidas de austeridade aplicadas no país. 

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