Economia

Redução de IPI deve garantir IPCA de 6,5%

Fechamento deve ficar no limite do número perseguido pelo Banco Central

A expectativa é do economista-sênior da Porto Seguro Investimentos, Rafael Santos (SXC.hu)

A expectativa é do economista-sênior da Porto Seguro Investimentos, Rafael Santos (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 12h37.

São Paulo - A despeito das preocupações existentes no mercado financeiro sobre um eventual rompimento do teto da meta de inflação em 2011, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar o ano exatamente na marca de 6,50%, no limite do número perseguido pelo Banco Central.

A expectativa é do economista-sênior da Porto Seguro Investimentos, Rafael Santos, que, em entrevista à Agência Estado, elegeu a mais recente redução determinada pelo governo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns itens da linha branca como o candidato principal para garantir que o indicador de inflação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atinja este nível.

"Para dezembro, deve ter algum ligeiro recuo na taxa do grupo Alimentação, que, no entanto, continuará sendo o grande vetor de pressão para a inflação e a parte de Serviços deve permanecer pressionada, não muito diferente do quadro atual", disse Santos, que trabalha com uma expectativa preliminar de taxa de 0,50% para o índice geral de dezembro.

"Além disso, o que pode contribuir para trazer o IPCA um pouco para baixo é a redução do IPI da linha branca", destacou, acrescentando que acredita que este será o "principal fator" que evitará que o teto da meta seja rompido.

Em novembro, o economista da Porto Seguro quase acertou em cheio o resultado do IPCA. Ele trabalhava com uma expectativa de taxa de 0,53% e o IBGE divulgou que o índice subiu 0,52% ante avanço de 0,43% em outubro.

O resultado da inflação no mês passado ficou dentro do intervalo de expectativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, já que eles aguardavam uma taxa de 0,47% a 0,56%, mas ficou acima da mediana, de 0,50%.

Para Rafael Santos, o grupo Alimentação e a parte de Serviços Pessoais foram os fatores responsáveis pela pressão maior no IPCA de novembro. "Alimentação foi a principal surpresa de novembro, pois estávamos trabalhando com uma alta 0,70% e subiu mais de 1%", comentou, referindo-se ao avanço de 1,08% divulgado pelo IBGE para o conjunto de preços. Para Serviços Pessoais, o economista previa uma elevação de 0,71%, mas o avanço foi de 1,21%.

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