Economia

Porto na China interrompe carregamentos por investigação

Paralisação levanta preocupações entre executivos do setor bancário e casas de trading que financiam os metais


	Alumínio: porto de Qingdao é o terceiro maior porto de comércio exterior da China e o sétimo maior porto do mundo
 (Getty Images)

Alumínio: porto de Qingdao é o terceiro maior porto de comércio exterior da China e o sétimo maior porto do mundo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 11h58.

Sydney - O porto chinês de Qingdao parou carregamentos de alumínio e cobre por uma investigação das autoridades, levantando preocupações entre executivos do setor bancário e casas de trading que financiam os metais, disseram fontes de tradings e de armazéns nesta segunda-feira. Autoridades portuárias não puderam ser encontradas de imediato para comentários.

A China tem um feriado público nesta segunda-feira. "Nos disseram que não podemos enviar qualquer material enquanto fazem esta investigação", disse uma fonte de uma trading.

O porto de Qingdao é o terceiro maior porto de comércio exterior da China e o sétimo maior porto do mundo, fazendo negócios com 700 portos em mais de 180 países, segundo seu site.

"Os bancos estão preocupados com a exposição que têm", disse uma fonte do setor de armazenagem em Cingapura. As importações de metal têm sido parcialmente impulsionadas na China como uma maneira de levantar financiamento, já que operadores podem usar metal como garantia para obter termos melhores.

Em alguns casos, o mesmo carregamento pode acabar sendo usado como garantia por mais de um banco, alimentando forte ingresso de dinheiro e estimulando uma repressão das autoridades chinesas.

"Aparentemente há uma discrepância entre o metal que deveria estar lá e o metal que de fato está lá", disse outra fonte em uma companhia de armazém com operações no porto. "Ouvimos dizer que a diferença é de 80 mil toneladas de alumínio e de 20 mil toneladas de cobre, mas ouvimos também que o volume será maior. Ou o volume está desaparecido ou nunca esteve lá -- houve tripla emissão de documentos", disse a fonte.

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