Economia

Porcentual de famílias endividadas cai em agosto no país

Apesar da terceira queda consecutiva, nível é superior ao registrado há um ano

Segundo o levantamento, a tendência é que a inadimplência se mantenha em alta (Darren Shaw/Stock.Xchng)

Segundo o levantamento, a tendência é que a inadimplência se mantenha em alta (Darren Shaw/Stock.Xchng)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 12h52.

Rio de Janeiro - O porcentual de famílias endividadas recuou pelo terceiro mês consecutivo em agosto, atingindo 62,5%, ante 63,5% em julho, apontou a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Apesar de mais uma queda, o total de endividados ainda está em patamar superior ao registrado em agosto do ano passado, quando 59,1% das famílias ouvidas disseram possuir dívidas entre cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de loja, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros.

Ainda de acordo com a pesquisa, 24,4% das famílias fechariam o mês de agosto com contas ou dívidas em atraso, ante 23,7% em julho e 24,7% em agosto de 2010. Porém, destas, 8,2% declararam que não teriam condições de quitar seus débitos - um porcentual estável em relação aos 8,1% apurados no mês passado e uma queda considerável em relação aos 8,8% de agosto de 2010.

O tempo médio de atraso no pagamento das dívidas é de 57,5 dias - inferior aos 59,9 apurados em agosto do ano passado. Já o tempo médio de comprometimento é de 6,9 meses e a parcela média da renda comprometida é de 30%.

Segundo a Peic, a melhora da percepção em relação à capacidade de pagamento confirma que, embora o número de famílias inadimplentes tenha apresentado elevações nos últimos dois meses, a deterioração ocorre em ritmo moderado, compatível com a desaceleração gradual da economia brasileira.

O estudo diz que a tendência de alta da inadimplência deve permanecer, influenciada por fatores como condições menos favoráveis para o crédito, menor dinamismo do mercado de trabalho em relação ao ano passado e o patamar de endividamento bastante elevado.

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