Economia

Por pandemia, ONU pede alívio da dívida dos países pobres

O mecanismo do G20 para a suspensão da dívida, que expira no fim de junho, deve ser prorrogado até 2022, incluindo também os países de renda média

O secretário-geral da ONU, António Guterres. (Denis Balibouse/Reuters)

O secretário-geral da ONU, António Guterres. (Denis Balibouse/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 30 de março de 2021 às 13h03.

Última atualização em 30 de março de 2021 às 15h49.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu nesta segunda-feira, 29, à comunidade internacional, que implemente "um novo mecanismo" para aliviar a dívida dos países mais pobres, enfraquecidos pela pandemia. Guterres lançou "um apelo por ações urgentes", no contexto da "pior recessão desde a Grande Depressão", em uma conferência sobre financiamento para o desenvolvimento organizada na sede das Nações Unidas, em Nova York.

Os países do G20 — grupo que inclui nações ricas e em desenvolvimento — gastaram cerca de 16 trilhões de dólares para impulsionar suas economias, mas muitas nações com menos recursos não podem fazer o mesmo, lamentou Guterres. “Alívios adicionais e oportunos da dívida para países vulneráveis, incluindo países de renda média, serão definitivamente necessários”, assinalou.

O mecanismo do G20 para a suspensão da dívida, que expira no fim de junho, deve ser prorrogado até 2022 e ser proposto aos países de renda média que dele necessitem, solicitou o chefe da ONU.

"Estamos à beira de uma crise da dívida", alertou o secretário-geral da ONU, observando que "um terço das economias emergentes está exposta a um alto risco de crise orçamentária" e há seis países inadimplentes, incluindo Zâmbia e Líbano pela primeira vez em sua história.

Acompanhe tudo sobre:Países emergentesONUDívida públicaDívidas de paísesPandemia

Mais de Economia

Setor de serviços cresce 0,3% em julho, afirma IBGE

Lula defende redução dos juros com 'sobriedade': 'Não pode ficar numa gangorra'

Lula e chanceler alemão discutem acordo Mercosul-União Europeia e querem 'rápida ratificação'

Consumidores pagarão R$ 103,6 bi por ineficiências e subsídios do setor elétrico em 2025, diz estudo