Economia

Política econômica tem estratégia, diz ministro interino

Nelson Barbosa afirmou, nesta quinta-feira, que a taxa de juros do Brasil é administrada conjunturalmente para ancorar as expectativas de inflação


	Nelson Barbosa: "Eu não acho que é 0,25 (ponto porcentual) a mais ou a menos de taxa de juros que causa mudança de perspectiva de longo prazo", afirmou
 (José Cruz/ABr)

Nelson Barbosa: "Eu não acho que é 0,25 (ponto porcentual) a mais ou a menos de taxa de juros que causa mudança de perspectiva de longo prazo", afirmou (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h08.

São Paulo - O ministro da Fazenda interino, Nelson Barbosa, afirmou nesta quinta-feira, 18, que a taxa de juros do Brasil é administrada conjunturalmente para ancorar as expectativas de inflação.

"Eu não acho que é 0,25 (ponto porcentual) a mais ou a menos de taxa de juros que causa mudança de perspectiva de longo prazo. A inflação no Brasil continua seguindo o sistema de metas", afirmou o ministro um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco CEntral, subir a taxa de juros em 0,25 ponto porcentual, para 7,50% ao ano.

"A política econômica do Brasil tem estratégia. O País está no rumo certo e a inflação vai voltar ao centro da meta", disse.

Ele afirmou ainda que a ação do Banco central "parece orientada para ancorar a expectativa de inflação e está correta nesse sentido", afirmou Barbosa na saída de uma reunião da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em São Paulo.

"No longo prazo, o que segura a inflação é o aumento do investimento e da produtividade. Nós estamos fazendo isso através de desoneração tributária e através de um amplo programa de investimento em infraestrutura, logística e também de qualificação de mão de obra", disse o ministro interino, comentando que as ações de longo prazo e curto prazo tomadas pelo governo são complementares.


Barbosa afirmou ainda que a aceleração do crescimento da atividade econômica é "perfeitamente compatível com o retorno da inflação ao centro da meta no prazo adequado".

Ele salientou que o BC é quem vai se manifestar sobre qual é esse prazo de convergência para a meta. "Na verdade, (o crescimento econômico) até contribui para o controle da inflação na medida em que aumenta a produtividade da indústria, por exemplo, no curto prazo", afirmou.

Barbosa reiterou que a meta de superávit primário para 2014 está mantida em 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Quanto ao encontro na Anfavea, Barbosa informou que foi "uma reunião de estratégia para apresentar a visão de longo prazo do governo".

O ministro comentou que há um plano de enviar para o Congresso ainda neste ano uma proposta de reforma do PIS-Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para entrar em vigência em 2014.

"É uma reforma geral no sistema e a principal característica é que todas as compras de insumo gerarão créditos tributários. Vai simplificar e também significar uma desoneração principalmente para a indústria", comentou.

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