Economia

PMI industrial do Brasil avança a 56,7 em julho, após 56,4 em junho

De acordo com a IHS Markit, o resultado positivo de julho se deve a demandas mais intensas de novos negócios, com maior compra de insumos para recomposição de estoques

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de agosto de 2021 às 12h51.

O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil subiu para 56,7 pontos em julho, após 56,4 pontos em junho, segundo a IHS Markit. Esta foi a maior alta em cinco meses, e o resultado ficou acima da média de longo prazo.

De acordo com a IHS Markit, o resultado positivo de julho se deve a demandas mais intensas de novos negócios, com maior compra de insumos para recomposição de estoques.

O índice de estoque de bens finais teve a quarta alta consecutiva e registrou o maior avanço da série histórica, em 15 anos e meio. A produção industrial, por sua vez, teve a terceira alta seguida com a taxa de expansão mais significativa da sequência, atribuída ao aumento das vendas.

“A força da demanda e as crenças de que tal tendência será sustentada encorajaram as empresas a aumentar seus estoques. Os estoques de insumos e o índice de produção aumentaram a níveis sem precedentes”, afirma em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima.

“Várias empresas indicaram uma intensificação da compra de insumos como proteção contra a escassez, mas continuaram as preocupações sobre dificuldades na compra de produtos químicos, componentes eletrônicos, metais, plásticos e têxteis.”

Com o fortalecimento da demanda por produtos escassos, os custos voltaram a se elevar. A desvalorização do real também ajudou a colocar mais pressão sobre as taxas de inflação, de modo que houve um aumento substancial nos custos de insumos e na inflação da produção. Apesar disso, a taxa geral de inflação teve a alta mais contida em um ano.

Os pedidos de fábricas tiveram o aumento mais rápido do ano e superaram em muito a média da pesquisa de longo prazo. A melhora na demanda foi puxada pelo mercado doméstico, já que as vendas internacionais registraram uma alta tímida

A criação de empregos, por sua vez, apresentou um crescimento menor que o de junho, mas seguiu elevada em relação aos padrões históricos. O avanço forte nas vendas e o esforço para entregar os produtos em tempo hábil foram citados como principais motivos por quem contratou pessoal extra.

As empresas esperam que a retomada da demanda continue, aliada ao avanço da vacinação. Esses fatores sustentaram as projeções otimistas para o índice de produção no próximo ano. O nível geral de sentimento positivo permaneceu elevado, mas caiu para o nível mais baixo em quatro meses.

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