Economia

PMI do HSBC para indústria da China atinge máxima de 7 meses

Segundo pesquisa do banco, as pressões deflacionárias persistiram, ampliando a visão de que mais cortes de juros serão necessários


	Trabalhador da indústria de aço na China: PMI da indústria divulgado nesta segunda-feira avançou para 50,7 em fevereiro
 (China Photos/Getty Images)

Trabalhador da indústria de aço na China: PMI da indústria divulgado nesta segunda-feira avançou para 50,7 em fevereiro (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 07h59.

Pequim - A atividade no setor industrial da China atingiu máxima de sete meses em fevereiro, mas as encomendas de exportação encolheram e as pressões deflacionárias persistiram, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do HSBC/Markit, ampliando a visão de que mais cortes de juros serão necessários.

Autoridades chinesas estão embarcando em sua maior campanha de afrouxamento desde o ápice da crise global uma vez que a segunda maior economia do mundo enfrenta a desaceleração do mercado imobiliário, altos níveis de dívida e excesso de capacidade industrial.

O banco central da China cortou a taxa de juros no sábado, no mais recente esforço para sustentar a economia.

A medida foi a terceira de afrouxamento da política monetária desde o final de novembro.

O PMI da indústria do HSBC/Markit, divulgado nesta segunda-feira, avançou para 50,7 em fevereiro, nível mais forte desde julho, contra 49,7 em janeiro, uma vez que as novas encomendas aceleraram.

O dado foi melhor do que a leitura preliminar de 50,1, e acima da marca de 50 que separa de crescimento de contração.

Mas ainda assim a pesquisa mostrou que a indústria teve problemas para lidar com a errática demanda por exportação e com pressões deflacionárias.

O subíndice de novas encomendas para exportações caiu para 48,5 em fevereiro, maior contração em um ano, enquanto os preços tanto de insumos quanto de produção caíram pelo sétimo mês.

"O setor industrial da China viu uma melhora nas condições gerais de operação em fevereiro, com as empresas registrando a expansão mais forte de produção desde o verão passado enquanto as novas encomendas totais também subiram a uma taxa mais rápida", disse Annabel Fiddes, economista do Markit.

"Entretanto, a renovada queda nas novas encomendas de exportações sugere que a demanda externa enfraqueceu, enquanto as indústrias continuaram a cortar o número de funcionários."

A pesquisa oficial divulgada no domingo mostrou que a indústria da China contraiu pelo segundo mês seguido em fevereiro, reforçando apostas que mais afrouxamento é necessário.

A pesquisa oficial acompanha empresas maiores e estatais, enquanto a do HSBC/Markit foca mais em empresas menores.

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