Economia

Planos de saúde têm menor crescimento desde 2003

Considerando-se apenas as grandes operadoras representadas pela FenaSaúde, o número de beneficiários em junho deste ano ante igual mês do ano anterior caiu 1,7%


	Dentista: planos exclusivamente odontológicos fecharam junho com 19,1 milhões de beneficiários, crescimento de 5,5% na comparação anual
 (foto/Getty Images)

Dentista: planos exclusivamente odontológicos fecharam junho com 19,1 milhões de beneficiários, crescimento de 5,5% na comparação anual (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 16h08.

São Paulo - O primeiro semestre de 2013 comprovou a desaceleração no ritmo de crescimento dos planos de saúde que já vinha sendo notada no ano passado.

Dados da Agência Nacional de Saúde (ANS) divulgados nesta segunda-feira, 19, pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) mostram que os planos de assistência médica alcançaram 49,2 milhões de beneficiários em junho, crescimento de 2,71% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Esta é a menor taxa de crescimento para o período desde 2003, quando a elevação foi de 0,85% de acordo com a ANS.

Considerando-se apenas as grandes operadoras representadas pela FenaSaúde, o número de beneficiários em junho deste ano ante igual mês do ano anterior caiu 1,7%. Entre as associadas estão empresas como a Amil, a Bradesco Saúde e a Porto Seguro.

Os planos exclusivamente odontológicos fecharam junho com 19,1 milhões de beneficiários, crescimento de 5,5% na comparação anual. A elevação no período foi 7,9 pontos porcentuais inferior à que havia sido apurada no ano anterior, quando o número de beneficiários cresceu 13,4%. O desempenho do segmento é o mais baixo de toda a série histórica disponibilizada pela ANS, que começa em 2000.

Em nota, o presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano, avaliou que o comportamento reflete os efeitos da desaceleração do PIB e menor evolução das taxas de emprego do país, "que são combustíveis da demanda por planos e seguros médicos e odontológicos".

"Esse cenário exigirá coragem do órgão regulador e da cadeia produtiva da saúde - formada pela indústria de insumos médicos e pelos prestadores de serviços hospitalares e laboratórios - para rever a regulamentação de coberturas e garantir maior eficiência e controle de custos e desperdícios", avaliou a FenaSaúde em nota.

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