Economia

Plano Real, 30 anos: Jorge Gerdau e o 'divisor de águas' no desenvolvimento do país

Para o ex-presidente da Gerdau, a criação do plano real foi responsável pela modernização do país

Jorge Gerdau, ex-presidente da siderúrgica que leva o seu sobrenome e atual presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC) (Leandro Fonseca/Exame)

Jorge Gerdau, ex-presidente da siderúrgica que leva o seu sobrenome e atual presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC) (Leandro Fonseca/Exame)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 18 de julho de 2024 às 08h37.

Última atualização em 18 de julho de 2024 às 10h14.

Tudo sobrePlano Real 30 anos
Saiba mais
yt thumbnail

Um dos empresários mais influentes das últimas décadas e testemunha ocular de momentos históricos do Brasil, Jorge Gerdau, ex-presidente da siderúrgica que leva o seu sobrenome e atual presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), afirma que o Plano Real foi um divisor de águas para o "desenvolvimento do país extraordinário".

"Com muito esforço e sacrifício conseguimos essa mudança. Foram momentos históricos da maior importância", diz Gerdau em entrevista exclusiva à EXAME sobre os 30 anos da reforma das reformas.

Jorge Gerdau relembrou que a solução de duas moedas, com uma delas sem inflação, foi um período importante para os empresários e a população entender a realidade de um país com a eficiência de custos.

"Foi uma oportunidade naquele momento em diante de se trabalhar realmente na busca de custos eficientes. Porque antes a eficiência da ginástica financeira era mais importante que o exercício de produtividade industrial ou empresarial", afirma o empresário.

O executivo afirma ainda que é difícil entender como o país conseguia operar em um cenário de hiperinflação e crise. Gerdau diz que o trabalho do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi a chave para o rompimento do "terror da inflação elevada" e responsável pela modernização do país, que atingiu todo e qualquer campo de atividade econômica.

"A liberação dessa inflação absolutamente louca fez toda uma mudança de trabalho e relacionamento, na relação trabalhista também. Foi uma modernização fantástica", diz.

Plano Real, 30 anos — série documental

yt thumbnail

Gerdau foi entrevistado para a série documental "Plano Real, 30 anos", um projeto audiovisual da EXAME que ouviu alguns dos principais economistas, executivos e banqueiros do Brasil.

Entre os entrevistados estão:

  • Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e fundador e chairman da Gávea Investimentos
  • Carlos Vieira, presidente da Caixa
  • Carolina Barros, diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central
  • Edmar Bacha, economista e sócio-fundador e diretor da Casa das Garças
  • Elena Landau, ex-diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ex-presidente do Conselho de Administração da Eletrobras
  • Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e sócio-fundador da Rio Bravo
  • Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria
  • Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e conselheiro do Banco Master
  • Jorge Gerdau, empresário e presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC)
  • Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco
  • Marcelo Noronha, CEO do Bradesco
  • Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda
  • Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil e sócio da eB Capital
  • Persio Arida, ex-presidente do Banco Central e do BNDES
  • Orli Machado, fundador e presidente da C&M Software
  • Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
  • Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME)
Acompanhe tudo sobre:Plano Real 30 anosGerdauJorge Gerdau

Mais de Economia

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês

Rui Costa diz que pacote de corte de gastos não vai atingir despesas com saúde e educação