Economia

Plano de saúde de funcionários não cabe no orçamento dos Correios

Segundo o presidente da estatal, Guilherme Campos, nos moldes que opera hoje, o sistema é inviável

Guilherme Campos: de acordo com o presidente da estatal, em números ainda preliminares, do prejuízo total de cerca de R$ 2 bilhões apurado pelos Correios em 2016, R$ 1,8 bilhão referem-se ao plano de saúde (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

Guilherme Campos: de acordo com o presidente da estatal, em números ainda preliminares, do prejuízo total de cerca de R$ 2 bilhões apurado pelos Correios em 2016, R$ 1,8 bilhão referem-se ao plano de saúde (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2017 às 16h09.

Brasília - O presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que o plano de saúde oferecido aos funcionários está "matando" a estatal.

Segundo Campos, nos moldes que opera hoje, o sistema é inviável e não cabe no orçamento da instituição.

Ele participou nesta quarta-feira, 29, de uma audiência pública no Senado com o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações), que apresentou as metas e desafios do setor nos próximos anos.

Segundo Campos, em números ainda preliminares, do prejuízo total de cerca de R$ 2 bilhões apurado pelos Correios em 2016, R$ 1,8 bilhão referem-se ao plano de saúde.

Do total de custos do plano, a estatal paga 93% e os funcionários, 7%.

"É impossível manter isso no orçamento da empresa. A empresa não quer acabar com o plano, mas nos moldes que está hoje é impossível ser mantido", afirmou.

Ele disse ainda que está negociando com sindicatos mudanças no sistema de saúde dos funcionários.

Além disso, acrescentou que a empresa continuará empenhada no corte de gastos com despesas e pessoal e deverá concentrar esforços na logística de encomenda, serviço com demanda crescente em tempos de comércio eletrônico.

Acompanhe tudo sobre:Correioseconomia-brasileiraSindicatos

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições