Economia

Plano agrícola dá competitividade a produtor, diz Dilma

"Demos armas aos produtores para que eles possam competir dentro e fora do País", afirmou a presidente no lançamento do novo plano em Ribeirão Preto

Dilma encerrou o seu discurso ressaltando que o País tem capacidade de ser uma potência na área de alimentos, energia e meio ambiente (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma encerrou o seu discurso ressaltando que o País tem capacidade de ser uma potência na área de alimentos, energia e meio ambiente (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 19h51.

Ribeirão Preto - A presidente Dilma Rousseff disse hoje que o novo Plano Agrícola e Pecuário 2011/12, lançado em Ribeirão Preto (SP), dará melhores condições de competitividade para os produtores dentro e fora do País. "Do total de R$ 107 bilhões em crédito rural, 80% serão financiados com juros de até 6,75% ao ano. Isso significa juros próximos de zero, compatíveis com aqueles oferecidos no mercado externo. Demos armas aos produtores para que eles possam competir dentro e fora do País", afirmou ela, durante discurso.

A presidente ressaltou que uma das melhores características do novo plano é a preocupação com o médio produtor rural. Na avaliação da presidente, por muitos anos as políticas privilegiaram o pequeno e o grande agricultor, e o médio ficou "espremido" entre esses dois segmentos. "Fiquei especialmente encantada com essa preocupação do ministro Rossi (da Agricultura) com o médio produtor. Isso tem tudo a ver com o País que está se transformando. É preciso ter políticas para as camadas médias da população, que precisam ser contempladas, ainda mais porque estamos nos transformando no País da classe média", afirmou.

A presidente salientou que é importante adotar políticas para reforçar a classe média. "Isso é muito importante para o Brasil que queremos. O País do futuro". Dilma elogiou o trabalho do ministro Rossi que, na avaliação da presidente, organizou as cadeias produtivas de laranja e café. "Acho que temos de organizar as cadeias de produção, evitar os conflitos entre as pontas das cadeias e perceber que a estabilidade implica necessariamente em determinada repartição de ganhos. Não pode ter fabricante rico e produtor morrendo", disse.

Sobre a produção de cana-de-açúcar, Dilma relatou que a renovação de canaviais é essencial para o produtor rural. "Eu sei o que aconteceu em 2008 (ano da crise financeira mundial), mas acredito que essa é um providência essencial para o País não perder sua posição de liderança em relação ao etanol", afirmou.

Dilma encerrou o seu discurso ressaltando que o País tem capacidade de ser uma potência na área de alimentos, energia e meio ambiente. "Mas também temos um outro compromisso, que é o fato de que temos de ser uma potência social e os alimentos são essenciais para que nossa população tenha de fato condições de sair de uma situação de desigualdade entre as maiores do mundo para uma condição de que nos orgulharemos", concluiu.


Pecuária

A presidente Dilma Rousseff disse hoje que a pecuária precisa obter os mesmos ganhos de eficiência e produtividade que a agricultura registrou nos últimos anos. "Precisamos continuar sendo um dos países em que a tecnologia seja um fator estratégico fundamental. Sabemos também que a nossa agricultura conquistou ganhos extraordinários de produtividade e temos de fazer com que a nossa pecuária também conquiste esse grau de produtividade e eficiência", afirmou.

"Precisamos, portanto, que haja cada vez mais produção com menor uso de terra. Esse País tem uma imensa capacidade de aumentar sua produção e se tornar o primeiro país do mundo na questão da produção de alimentos. Esse é um fator que não é um problema ocasional ou conjuntural, mas uma questão de Estado e Nação", disse.

A presidente fez questão de defender os produtores de etanol das acusações de que a produção avança sobre áreas da Amazônia. "Somos conhecidos pela nossa capacidade de ter construído uma agricultura que, de todas, é a que tem produzido menos redução de florestas no mundo", afirmou. "Aqueles que nos apontam o dedo dizendo que aqui os produtores de cana estão desmatando a Amazônia são aqueles que tentam de alguma forma obter vantagens por meio da concorrência desleal."

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