Economia

Piora a expectativa do empresário industrial com a economia

Pesquisa mensal avalia a percepção do setor sobre os rumos da economia e leva em consideração o momento presente e no curto prazo


	Indústria: pesquisa mensal avalia a percepção do setor sobre os rumos da economia e leva em consideração o momento presente e no curto prazo
 (Arquivo/Agência Brasil)

Indústria: pesquisa mensal avalia a percepção do setor sobre os rumos da economia e leva em consideração o momento presente e no curto prazo (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 13h42.

São Paulo - Depois de um avanço de 1,9 %, em janeiro, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,4%, em fevereiro sobre o mês anterior, passando de 85,9 pontos para 83 pontos.

É o que indica o levantamento Sondagem da Indústria de Transformação feito com 1.133 empresas entre os dias 2 e 24 de fevereiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

A pesquisa mensal avalia a percepção do setor sobre os rumos da economia e leva em consideração o momento presente e no curto prazo. As variações referem-se ao período entre dezembro e fevereiro. No trimestre encerrado este mês, foi constatado maior pessimismo sobre o desempenho do setor para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) recuou 4,9%, atingindo 81,9 pontos.

Essa marca é igual ao apurado em setembro do ano passado e a menor desde abril de 2009 (80,9%). Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,1%, ficando em 84 pontos, o mesmo verificado em dezembro último.

“A piora expressiva das expectativas em relação aos próximos meses reflete o desânimo de um setor que está há seis trimestres sem crescer e com perspectivas ainda negativas no curto prazo, a despeito da evolução favorável ao setor das taxas de câmbio recentemente”, afirma Aloisio Campelo Júnior, superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do Ibre-FGV.

Para 8,2% dos entrevistados a situação atual dos negócios é boa, percentual inferior ao de janeiro (12,6%). Os que classificam este período como fraco ficou praticamente estável ao passar de 31,2% para 31,3%.

Quanto à previsão sobre como deve se comportar a produção nos próximos três meses, diminuiu a parcela dos que acreditam em aumento (de 32,4% para 30,5%). No mesmo período, o Ibre-FGV detectou um crescimento na proporção daqueles que prevêem queda na produção (de 13,3% para 21,4%).

A pesquisa constatou ligeira queda no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci). O índice passou de 82% para 81,6%.

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