Economia

Pimentel: diálogo com Argentina nunca foi interrompido

A crise entre os dois países acentuou-se com a decisão do governo brasileiro de suspender a aplicação de licenças não automáticas para importação de automóveis da Argentina

Pimentel deu a declaração ao sair do almoço que a presidente Dilma Rousseff ofereceu ao primeiro ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt (WIKIMEDIA COMMONS)

Pimentel deu a declaração ao sair do almoço que a presidente Dilma Rousseff ofereceu ao primeiro ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 16h10.

Brasília - Na tentativa de minimizar a crise com a Argentina, provocada pela guerra comercial entre os dois países, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou hoje que a situação deverá estar normalizada dentro de duas ou três semanas. Ele disse que o diálogo nunca foi interrompido entre as autoridades dos dois países e que ainda hoje à tarde terá uma nova rodada de negociações, por telefone, com o governo argentino. "Estamos conversando, vamos continuar conversando", disse ele. "Nunca interrompemos o diálogo com a Argentina. Pelo contrário, temos excelentes relações, queremos mantê-las e resolver os problemas", acrescentou.

Pimentel deu a declaração ao sair do almoço que a presidente Dilma Rousseff ofereceu ao primeiro ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, e sua comitiva. Ele reconheceu que existem problemas sérios na relação comercial entre os dois países, mas nada que não possa ser superado. "Problemas existem mesmo entre países que têm um volume de comércio tão grande quanto o nosso com a Argentina", observou. "É normal, não tem nenhuma crise. Eu vou saber as notícias de lá ainda hoje à tarde e depois falo com vocês (jornalistas)", completou.

A crise entre os dois países acentuou-se desde a semana passada com a decisão do governo brasileiro de suspender a aplicação de licenças não automáticas para importação de automóveis e autopeças da Argentina. O governo argentino, em represália, ampliou as barreiras para importação de produtos brasileiros. Dezenas de caminhões estão retidos nos dois lados da fronteira desde o último dia 12.

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