Bandeira do Brasil: para executivo da Pimco, alocação de recursos para o Brasil deve ser moderada devido à volatilidade vista nos mercados emergentes (George Campos / USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 15h20.
A Pimco, maior gestora de bônus emergentes do mundo, avalia que o clima para investimentos no Brasil foi caracterizado em 2013 por qualquer coisa menos "Ordem e Progresso", numa alusão à mensagem na bandeira nacional.
"O Brasil precisa ancorar a política econômica sob uma rigorosa e crível meta de superávit primário, em vez de executar o mix atual de política fiscal expansionista, empréstimos públicos subsidiados e política monetária cada vez mais apertada", escreveu o co-responsável pela equipe de gestores do portólio de emergentes da Pimco Michael A. Gomez.
Em artigo publicado nesta quinta-feira no site da Pimco, Gomez disse ainda que embora existam ativos atrativos no Brasil, a instauração da "ordem" no mercado financeiro local é incerta a menos que políticas efetivas sejam restauradas.
"Investidores em mercados emergentes devem ser agora cautelosos com o Brasil, especialmente devido ao recente fraco desempenho", disse. Ao mesmo tempo, ele avalia que "os ingredientes para retornos atrativos em renda fixa no Brasil no longo prazo estão dados".
Para o executivo da Pimco, a alocação de recursos para o Brasil deve ser moderada devido à volatilidade vista nos mercados emergentes pela redução dos estímulos do Federal Reserve (banco central norte-americano) à economia dos Estados Unidos e antes da eleição presidencial no Brasil em outubro.
"A régua subiu para que as autoridades brasileiras mostrem progresso em restabelecer um mix de políticas para atrair investimentos, restaurar confiança e entregar um robusto crescimento com inflação moderada. Sem isso, a perspectiva de ordem nos mercados financeiros (e na bolsa) no Brasil são menos garantidas", frisou Gomez.
A íntegra do artigo do executivo da Pimco está disponível site da gestora.